Hora
de chegar de voadora nos lares,
hora
de ser um leão celestial, curioso e furioso
entre
os bichos domésticos.
Hora
de ser meio santo, meio deus,
e
aprender, primeiro, a perdoar a si mesmo,
para
depois tentar compreender
as
proximidades/distâncias entre a terra e o céu.
Hora
de roubar a lanterna do Diógenes, o Cão,
para
iluminar as máscaras podres do irmãos
zumbis.
Hora
de inventar uma vacina eficaz
que
possa abrandar a fúria cancerosa
das
ações políticas.
Hora
de ser um magrão quixotesco
acompanhado
de um gordo sonhador,
montados
em seus cavalos
e
incendiando nossas tardinhas
afogadas
no tédio.
Hora
de ser um anjo rebelado
dormindo
no leito de prostitutas
beatificadas.
Anjo
esse que foi até os lixões
e
becos
e
favelas
para
ver nosso futuro.
(B.
B. Palermo)
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