Deu vontade de escrever uma crônica. O assunto parece óbvio: como se encontrar numa cidade que você não conhece. Assim que eu tiver uma folga (um dia revelo o que ando fazendo por aqui) vou trazer umas linhas sobre acontecimentos engraçados que vivenciei. Não desistam do blog. Creio que até o final do mês eu retorno.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Pôr-do-sol em Palmas
Deu vontade de escrever uma crônica. O assunto parece óbvio: como se encontrar numa cidade que você não conhece. Assim que eu tiver uma folga (um dia revelo o que ando fazendo por aqui) vou trazer umas linhas sobre acontecimentos engraçados que vivenciei. Não desistam do blog. Creio que até o final do mês eu retorno.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Mais um lance
Parece que a vida repete e repete os mesmos lances.
Demorei pra perceber que sou o sujeito da coisa que acontece
me enrola e embola tudo ao meu redor.
Me faço pequeno, coitadinho, formatado,
para responder assim, assim, aos estímulos de alegria e dor...
Quero uma imagem arco-íris pôr-do-sol
garota tatuada da cabeça aos pés
passeando com seu cão...
Uma batida de carros na esquina
velhinha atropelada ciclista degolado
pelo cerol da pipa bandido agonizando no chão...
A vida repete e repete os mesmos lances
e eu sou sujeito dorminhoco distraído
seguindo o mesmo tranco...
Se ela me ouvisse, eu diria:
- Ainda vamos rir
de nossos lances ridículos
basta dar um tempo ao tempo
e olhar pra trás sem mágoa
e ranços...quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Algo aconteceu hoje
Li tanta coisa, hoje.
Tratados de filosofia, compêndios de educação, jornais e as noticias oficiais do feriadão. Trinta e poucas mortes no trânsito (só no RS), uns oito afogamentos, homicídios, quebra nos recordes de calor...
Acho, li plugado no piloto automático. Porque nada me acordou do cotidiano previsível.
O que chamou a atenção, mesmo, foi vê-la cavalgando na avenida, alheia ao trânsito psicodélico do fim de tarde, alheia à bobeira desse poeta sonhador.
Montada em seu cavalo, acompanhada por outro garanhão (seria o mais experiente, o "treinador"?), presenteou-me com uma cena inesquecível: à visão que tive dos três animais, eu somei o som percursivo de dez patas e três ancas desfilarem na avenida.
Não teve jeito. Lembrei da música abaixo, que deixo aqui pra vocês.
Entrando no M'bororé - Os Serranos
Lá vem o Vitor solito
Entrando no M'bororé
E um cusco brasino ao tranco
Na sombra de um pangaré
Chapéu grande, lenço negro
Jeitão calmo de quem chega
Na tarde em tons de aquarela
Lembra um quadro do Berega
Entrando no M'bororé
E um cusco brasino ao tranco
Na sombra de um pangaré
Chapéu grande, lenço negro
Jeitão calmo de quem chega
Na tarde em tons de aquarela
Lembra um quadro do Berega
Um flerte troteando alerta
Num upa se nega pra os lados
E uma perdiz se degola
No último fio do alambrado
Apeia na cruz da estrada
E o seu olhar se enfumaça
Saca o sombreiro em silêncio
Por respeito à sua raça
Num upa se nega pra os lados
E uma perdiz se degola
No último fio do alambrado
Apeia na cruz da estrada
E o seu olhar se enfumaça
Saca o sombreiro em silêncio
Por respeito à sua raça
Refrão:
Lá vem o Rio Grande à cavalo
Entrando no M'bororé
Lá vem o Rio Grande à cavalo
Que bonito que ele é
Lá vem o Rio Grande à cavalo
Entrando no M'bororé
Lá vem o Rio Grande à cavalo
Que bonito que ele é
Procura a volta do pingo
E alço o corpo sem receio
Enquanto uma borboleta
Senta na perna do freio
Até enterte o cristão
Que se cruza campo a fora
Mirar a garça matreira
Com seu pala cor de aurora
E alço o corpo sem receio
Enquanto uma borboleta
Senta na perna do freio
Até enterte o cristão
Que se cruza campo a fora
Mirar a garça matreira
Com seu pala cor de aurora
Pois lá num rancho de leiva
Que ele ergueu com seu suor
Fica um sonho por metade
De quem vive sem amor
Num suave bater de asas
Cruzam bandos em alarde
E as garças e o Vitor somem
Lá na lonjura da tarde
Que ele ergueu com seu suor
Fica um sonho por metade
De quem vive sem amor
Num suave bater de asas
Cruzam bandos em alarde
E as garças e o Vitor somem
Lá na lonjura da tarde
http://letras.mus.br/os-serranos/209278/
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Geleia geral
De tanto ela
se tornar irreal
cresci feito balão
depois eu sumi
pra todo
e nenhum lugar...
Até onde eu sei
de abelha operária
quis ser-meu-rei...
mas-me-entornei
zangão de colmeia
dividido no brete
que demarca
o sonho
do mundo real.
a ta lho da
ba a men te
escalei
sacadas e janelas
para me lambuzar
com o mel
do seu beijo fatal!
Os arquitetos
Perdemos o grande O. Niemeyer, mas ganhamos sua obra, a qual permanece. Ainda jovem, nosso arquiteto abandonou o ângulo reto em favor das curvas. É o que constatamos em muitos aspectos de sua obra.
Vejam onde o joão-de-barro fez sua obra...
Niemeyer e o pássaro, os dois em perfeita harmonia com a natureza!
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Não basta...
Não basta me alegrar, se estou distante do paraíso
não basta tudo vencer, se amanhece e fico triste
não basta aparecer, se quero ganhar o teu sorriso
não basta me esconder, se quero amor e auto-estima
não basta te conhecer, se não acompanho esse teu ritmo
não basta te desejar, se eu não sei como fazer
não basta me repetir, se eu não quero passar em branco
não basta me esconder, se eu não quero levar um tombo...
A lua veio me seduzir, mas me empolguei e errei o pulo!
O sol veio me consolar, mas eu surfei e caí no mundo!
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
O trabalho e o lavrador - Sérgio Capparelli
O que disse o pão ao padeiro?
Antes do pão, eu fui farinha,
farinha que o moinho moía
debaixo do olhar do moleiro.
O que disse a farinha ao moleiro?
Um dia eu fui grão de trigo
que o lavrador ia colhendo
e empilhando no celeiro.
O que disse o grão ao lavrador?
Antes do trigo, fui semente,
que tuas mãos semearam
até que me fizesse em flor.
O que disse o lavrador às suas mãos?
Com vocês, lavro essa terra,
semeio o trigo, colho o grão,
moo a farinha e faço pão.
E a isso tudo eu chamo trabalho.
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