Narração: Guerrinha
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
CIENTISTA INVENTOR
Escrito por TECO, o poeta sonhador
Quanto mais comia
mais fome ele tinha...
mais fome ele tinha...
Até que um dia,
de tanto atacar a geladeira,
os sonhos triplicaram.
Sonhou que devorava
o Cruzeiro do Sul
depois das Três Marias
depois do Planeta Vênus
depois de degustar a Lua
e mastigar o Sol...
Mas os sonhos
viraram pesadelos...
Quando ele acordou
o apetite havia fugido!
Comia nos pesadelos,
acordado não comia.
viraram pesadelos...
Quando ele acordou
o apetite havia fugido!
Comia nos pesadelos,
acordado não comia.
Certa noite
a mãe de Pedro
deu pra ele beber
uma poção polvorosa...
(Ela disse que era
muito saborosa,
e que foi enfeitiçada
por uma bruxa engenhosa).
a mãe de Pedro
deu pra ele beber
uma poção polvorosa...
(Ela disse que era
muito saborosa,
e que foi enfeitiçada
por uma bruxa engenhosa).
A poção fez ele detonar
dúzias e dúzias
de puns coloridos,
que mais pareciam
fogos de artifício...
Como um balão furado
Pedro desinflou de todo lado
e expulsou os tais monstros
feitos do líquido enfeitiçado!
Voltou a sonhar e a relaxar
como se estivesse num SPA...
No sonho viajou e fez amigos
no Cruzeiro do Sul,
Marte, Vênus e a Lua,
e após descansar nas nuvens
realizou seu mais novo plano,
que virou eterno vício:
Virou cientista inventor
de fogos de artifício!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
VOVÔ FUGIU DE CASA
Sugestão de leitura
Livro VOVÔ FUGIU DE CASA, de Sérgio Caparelli, é muito legal!
Quando eu chegava, vovô já estava sentado no degrau da escada, fumando cachimbo. Sempre quieto, sempre sozinho, sempre olhando as coisas de um jeito esquisito. Nos dias em que estava mais alegre, fazia coisas maravilhosas com a fumaça. Soltava-a devagarinho, formando círc

Nunca falava comigo, o vovô. Nem com ninguém. Principalmente se estava triste. Então de seu cachimbo saíam tristes navios. Desapareciam logo, navegando ao vento. Eu ficava desolado. Pondo as duas mãos no rosto, exclamava: “Ah, vovô, acabou!”. Ele tirava o cachimbo da boca e soprava mais um ou dois, dos grandes. Só para me agradar.
Ficava quieto horas a fio. Uns diziam que estava pensando nas montanhas de sua Itália, onde a uva plantada nas encostas espalha pelos vales um cheiro de vinho e de festa. Outros achavam que estava apenas fumando seu cachimbo e nada mais. Porém concordavam num ponto: estava caduco e esclerosado. Caduco eu sabia o que era. Esclerosado meu pai me explicou. Era uma doença que dá nas pessoas mais velhas, em que o sangue está cansado e não consegue irrigar o cérebro direito. A pessoa torna-se esquecida e cheia de manias.
Acho que as manias do vovô eram contagiosas. Perto dele eu não gostava de fazer barulho, de pular ou de correr...
DANÇA DA COCEIRA

Escrito por Teco, o poeta sonhador
Se você quer coçar
e não coça
é porque a coceira
é nas costas.
Você tenta tenta
e não alcança
e em vez de cocegar
você dança!
Onde será que você gosta
de fazer as tuas cócegas?
Você escolhe chulé
ou cocegar a sola do pé?
Você escolhe lombriga
ou cocegar a tua barriga?
Você escolhe injeção na veia
ou cocegar a tua orelha?
Você escolhe dor de ouvido,
ou cocegar o teu umbigo?
Se você tem cócegas
não pode
espirrar,
caçar tatu
nem arrotar,
mas de tudo tudo
o que você menos gosta
é de coceira nas costas,
você coça coça
e não alcança
e em vez de cocegar
você dança!
(Adivinhem qual a palavra que o Teco inventou?)
Se você quer coçar
e não coça
é porque a coceira
é nas costas.
Você tenta tenta
e não alcança
e em vez de cocegar
você dança!
Onde será que você gosta
de fazer as tuas cócegas?
Você escolhe chulé
ou cocegar a sola do pé?
Você escolhe lombriga
ou cocegar a tua barriga?
Você escolhe injeção na veia
ou cocegar a tua orelha?
Você escolhe dor de ouvido,
ou cocegar o teu umbigo?
Se você tem cócegas
não pode
espirrar,
caçar tatu
nem arrotar,
mas de tudo tudo
o que você menos gosta
é de coceira nas costas,
você coça coça
e não alcança
e em vez de cocegar
você dança!
(Adivinhem qual a palavra que o Teco inventou?)
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
O CACHORRO, de Mário Quintana
MELODIAS PRA NÃO DORMIR

Escrito por Teco, o poeta Sonhador
Laura não consegue dormir.
Seu ouvido acompanha
a melodia da goteira
na janela.
Ela quer saber
se o som é de latinha
ou de papelão.
- E se for o sino da capela?
Nem pensar, hoje não é dia
de procissão!
***
Ricardo não tira da cabeça
um bicho que nunca
antes tinha visto.
Tem pernas compridas
e se chama saracura.
Seu pai explicou
que as saracuras
moram nos banhados,
e quando cantam,
no nascer do dia,
é porque estão avisando
que vai chover.
Ricardo não pensa na chuva,
pensa nas pernas
finas e compridas
que desfilam no banhado...
- Mas que bicho engraçado! .
Laura não consegue dormir.
Seu ouvido acompanha
a melodia da goteira
na janela.
Ela quer saber
se o som é de latinha
ou de papelão.
- E se for o sino da capela?
Nem pensar, hoje não é dia
de procissão!
***
Ricardo não tira da cabeça
um bicho que nunca
antes tinha visto.
Tem pernas compridas
e se chama saracura.
Seu pai explicou
que as saracuras
moram nos banhados,
e quando cantam,
no nascer do dia,
é porque estão avisando
que vai chover.
Ricardo não pensa na chuva,
pensa nas pernas
finas e compridas
que desfilam no banhado...
- Mas que bicho engraçado! .
domingo, 3 de fevereiro de 2008
VACA AMARELA

Sérgio caparelli, do livro BOI DA CARA PRETA.
Vaca amarela
fez cocô na panela,
cabrito mexeu, mexeu,
quem falar primeiro
comeu o cocô dela.
Vaca amarela,
sutiã de flanela,
cabrito coseu, coseu
quem se mexer primeiro
pôs o sutiã dela.
Vaca amarela
fez xixi na gamela,
cabrito mexeu, mexeu,
quem rir primeiro
bebeu o xixi dela.
Vaca amarela
cuspiu da janela,
cabrito mexeu, mexeu,
quem piscar primeiro
lambeu o cuspe dela.
Vaca amarela
fez cocô na panela,
cabrito mexeu, mexeu,
quem falar primeiro
comeu o cocô dela.
Vaca amarela,
sutiã de flanela,
cabrito coseu, coseu
quem se mexer primeiro
pôs o sutiã dela.
Vaca amarela
fez xixi na gamela,
cabrito mexeu, mexeu,
quem rir primeiro
bebeu o xixi dela.
Vaca amarela
cuspiu da janela,
cabrito mexeu, mexeu,
quem piscar primeiro
lambeu o cuspe dela.
ESSA NÃO!

Mário Quintana, do livro Lili inventa o mundo.
Lili teve conhecimento dos antípodas, na escola.
Logo que chegou em casa, começou a deitar sabença pra
cima da cozinheira. Falou, falou, e, como visse que Sia
Hortência não estava manjando nada, ergueu no ar o dedinho explicativo:
- Imagine só que quando aqui é meio-dia lá na
China é meia-noite!
- Credo! Eu é que não morava numa terra assim...
- Mas por que, Sia Hortência?
- Uma terra onde o dia é de noite... Cruzes!
Lili teve conhecimento dos antípodas, na escola.
Logo que chegou em casa, começou a deitar sabença pra
cima da cozinheira. Falou, falou, e, como visse que Sia
Hortência não estava manjando nada, ergueu no ar o dedinho explicativo:
- Imagine só que quando aqui é meio-dia lá na
China é meia-noite!
- Credo! Eu é que não morava numa terra assim...
- Mas por que, Sia Hortência?
- Uma terra onde o dia é de noite... Cruzes!
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