quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
domingo, 22 de fevereiro de 2015
sábado, 21 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Reforço na torcida do São Luiz
Eis o Teco, um FANÁTICO torcedor, com ilustração da professora Andreia Czyzewski. Ele aproveita este espaço pra chamar todo mundo a participar da campanha deste ano, rumo à Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho:
"São Luiz, São Luiz, São Luiz
Você me espera que eu vou aí
São Luiz, São Luiz, São Luiz
Tua torcida está aqui!"
“Galera, venham todos à baixada
participar dessa aventura!
Vamos empurrar o nosso RUBRO
rumo à PRIMEIRONA!”
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Você lembra como escolheu o time do teu coração?
Igual a outros meninos,
de toda e qualquer idade,
eu gosto bar-ba-ri-da-de
de um jogo de futebol.
É que a turma da escola
come, bebe e arrota bola
faça chuva ou faça sol!
Ando chateado:
alguns querem
que eu seja gremista
outros, que seja colorado...
Papai e mamãe me querem seu
o dia inteiro.
De manhã sou Saci
de tarde sou Mosqueteiro...
Os parentes oferecem
camisas dos times como prêmio,
pra que eu torça pro Inter,
ou pra que torça pro Grêmio.
Um dos tios é colorado...
(Do livro: Teco, o poeta sonhador, em: segredos do coração. Ilustrações de Vilson Wagner)
de toda e qualquer idade,
eu gosto bar-ba-ri-da-de
de um jogo de futebol.
É que a turma da escola
come, bebe e arrota bola
faça chuva ou faça sol!
Ando chateado:
alguns querem
que eu seja gremista
outros, que seja colorado...
Papai e mamãe me querem seu
o dia inteiro.
De manhã sou Saci
de tarde sou Mosqueteiro...
Os parentes oferecem
camisas dos times como prêmio,
pra que eu torça pro Inter,
ou pra que torça pro Grêmio.
Um dos tios é colorado...
(Do livro: Teco, o poeta sonhador, em: segredos do coração. Ilustrações de Vilson Wagner)
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
O porão de minha infância
Vocês
lembram da casa de infância, e do porão que havia por lá?
Com oito
anos eu já não tinha medo de ficar sozinho no porão. Estava acostumado com
aquele lugar. Muitas vezes utilizava a escada, que ficava na despensa da
cozinha, para chegar lá. Buscava qualquer coisa que meu pai ou minha mãe
pediam.
Nele estavam
as pipas com o vinho, a vara de taquara pendurada no teto, com salame, alho e
cebola. Também as tulhas, onde eram armazenados os cereais, como o feijão, a
pipoca e o amendoim. Havia a lata cheia de banha, e outras latas, com doces e
geleias. Ah, também o saco com pinhões, que no inverno minha mãe assava na
chapa do fogão.
No verão, o
porão da casa era fresquinho, e ali descansavam os melões e as melancias, à
espera dos serões, de noite, quando eram “devorados”.
E era nesse
lugar que meu pai recebia as visitas para provarem o vinho... Era ali, também, que eu me refugiava, quando
as tias, ou as madrinhas, me intimidavam com seus comentários, do tipo “ai, que
gracinha!”, “já tem namorada?”
(do livro Os mistérios do porão)
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Meu primeiro poema...
Minha vida
de personagem, poeta sonhador, começou com este poema, que eu declamei no dias
dos pais.
“Papai
sonhou que recebeu a visita de seus primeiros sapatos. Eles disseram por onde
andaram e o que fizeram em sua companhia. Derramaram lágrimas e lágrimas porque
já não aguentavam dormir e acordar, acordar e dormir algemados no armário do
porão...
Papai
prendeu os sonhos no armário do porão e muito tempo depois as chaves ele
perdeu...
Papai
escondeu no armário os sonhos mais preciosos enquanto correu atrás de outras
coisas que ele nunca desejou...
Papai também
sonhou que recebeu a visita dos seus anjos da guarda. Eles o ensinaram a nadar
no riacho, curaram o bicho-de-pé e a unha encravada.
Viram papai
subir no pé de pitangueira, jogar futebol no gramado e roubar bergamotas no
terreno do vizinho.
Papai sonhou
também que recebeu a visita do caniço de pescar, do bodoque e do livro que a
primeira profe lhe deu.
Também vieram
de visita a primeira bicicleta, as pandorgas e as bolhas de sabão, o porquinho-da-índia,
o arco-íris e o beija-flor, o banho de cachoeira, a mamadeira e os gibis, os
cadernos e suas orelhas.
Vieram tantos
amigos que naquele dia o coração de papai disparou de alegria!
Papai descobriu
que os sonhos não avisam quando vão libertar-se do porão... e descobriu,
também, que a felicidade não está guardada no armário do amanhã...
De vez em
quando, papai, é preciso espiar por detrás dos ombros, e acenar para os
brinquedos que sua vida conquistou!
Neste dia
não esqueça de dar um pontapé na preguiça, para ser, com alegria, criança como
eu sou!”
(Do livro Teco, o poeta sonhador, em: os mistérios do
porão.)
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Pequena crônica policial - Mario Quintana
Jazia no chão, sem vida,
E estava toda pintada!
Nem a morte lhe emprestara
A sua grave beleza...
Com fria curiosidade,
Vinha gente a espiar-lhe a cara,
As fundas marcas da idade,
Das canseiras, da bebida...
E estava toda pintada!
Nem a morte lhe emprestara
A sua grave beleza...
Com fria curiosidade,
Vinha gente a espiar-lhe a cara,
As fundas marcas da idade,
Das canseiras, da bebida...
Triste da mulher perdida
Que um marinheiro esfaqueara!
Vieram uns homens de branco,
Foi levada ao necrotério.
E quando abriam, na mesa,
O seu corpo sem mistério,
Que linda e alegre menina
Entrou correndo no Céu?!
La continuou como era
Antes que o mundo lhe desse
A sua maldita sina:
Sem nada saber da vida,
De vícios ou de perigos,
Sem nada saber de nada...
Com a sua trança comprida,
Os seus sonhos de menina,
Os seus sapatos antigos!
Que um marinheiro esfaqueara!
Vieram uns homens de branco,
Foi levada ao necrotério.
E quando abriam, na mesa,
O seu corpo sem mistério,
Que linda e alegre menina
Entrou correndo no Céu?!
La continuou como era
Antes que o mundo lhe desse
A sua maldita sina:
Sem nada saber da vida,
De vícios ou de perigos,
Sem nada saber de nada...
Com a sua trança comprida,
Os seus sonhos de menina,
Os seus sapatos antigos!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Fora da caixa
Tua música não
é rock, regae ou rap. Num momento mágico, quando tocas meu coração vertem
flores das minhas mãos. Minha alma de Frankenstein fica num vermelho incerto
quando passas por perto. Preciso de piercings e brincos, alegres, doloridos,
para te encantar? Farei a loucura de cantar o meu amor, pra todo mundo ver e
ouvir, seminu pelas ruas e avenidas ou do décimo primeiro andar! Posso investir
num smartphone, tablet ou celular, com todos os códigos e senhas - nem que me
transforme num “Eu, etiqueta”, como disse o poeta. Sei que no final da festa
não sou grande coisa e, por qualquer coisa, você me deleta! Mas escute, anote e
aguarde: ainda não tenho idade pra cair em desgraça. Com tua presença afundo na
fossa, sem identidade, reputação e nome limpo na praça.
Depois que
te vi, hoje, saí fora da caixa!
(TIRADAS do
Teco, o poeta sonhador)
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Inútil luar - Manuel Bandeira
Neste poema Bandeira abre espaço para o doce e surpreendente cotidiano.
É noite. A Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia...
Dormem as sombras na alameda
Ao longo de ermo Piabanha.
E dele um ruído vem de seda
Que se amarfanha...
No largo, sob os jambolanos,
Procuro a sombra embalsamada.
(Noite, consolo dos humanos!
Sombra sagrada!)
Um velho senta-se a meu lado.
Medita, há no seu rosto uma ânsia...
Talvez se lembre aqui, coitado!
De sua infância.
Ei-lo que saca de um papel...
Dobra-o direito, ajusta as pontas,
E pensativo, a olhar o anel,
Faz umas contas...
Com outro moço que se cala.
Fala um de compleição raquítica.
Presto atenção ao que ele fala:
- de política,
Adiante uma senhora, magra,
Em ampla charpa que a modela,
Lembra uma estátua de Tanagra.
E, junto dela,
Outra a entretém, a conversar:
- "Mamãe não avisou se vinha.
Se ela vier, mando matar
Uma galinha."
E embalde a Lua, ardente e terna,
Verte na solidão sombria
A sua imensa, a sua eterna
Melancolia...
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Príncipe, meu cachorro - Thiago de Mello
"...Hoje não quero perder a oportunidade de me lavar de um silêncio ingrato que faz tempo cometo com o meu inesquecível Príncipe. O Príncipe dos Poetas? Não. Príncipe é o nome do cachorro companheiro meu durante mais de 10 anos aqui na floresta. Vira-lata garboso, preto brilhante, dorso arqueado, pernas altas, olhar caricioso. Desde pequenino gostava de ficar, sempre atento, estendido na varanda da frente da casa. Não era rueiro. Só deixava a casa para namorar, que ele não era de ferro. Não me deixava sair sozinho. Ia na minha frente, abrindo caminho.
Tinha um faro infalível para a índole das pessoas. Quando o Príncipe rosnava grosso para alguém que me procurava, era aviso de que a pessoa não era flor de cheiro. Tinha certas implicâncias insondáveis. Quando eu voltava de viagem, de véspera ele adivinhava a minha chegada: dava saltos de alegria, as crianças achavam que ele estava ficando maluco. De manhã cedinho ia para o porto, ficava horas à espera do barco. Mal eu desembarcava, ele corria ao meu encontro, erguia o corpo e pousava as patas dianteiras no meu peito, enquanto eu lhe acariciava o dorso aveludado. Era um amigo mesmo. Envelhecido, magro, perdeu as forças para caminhar. adoeceu, e fiz o que pude para salvá-lo. Não saía do seu lugar, no alto da varanda. Só aceitava água e umas bocadas de arroz cozido só pra ele. Um dia seu lugar amanheceu vazio. Ninguém nunca encontrou o seu corpo, nem na água nem na mata. Príncipe não morreu, se encantou".
Da apresentação do livro A poesia dos bichos. Ed. Bertrand Brasil, 2002.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
"Falando com os botões" - Lygia Bojunga
"Às vezes, numa noite de insônia, num embalo de rede, numa
viagem de trem, eu gosto de dar linha pra minha memória. Só pra ficar vendo até
onde é que ela vai. Aqui e ali dou um puxão na linha, pra ver se a memória
volteia bonito pra mais e mais longe. E uma vez, num desses puxões, a minha
memória chegou o mais longe que eu já consegui fazer ela voar: eu me vi aos
quatro anos, sentada no chão, a minha mãe do lado, o costureiro também; e me
escutei dizendo:
— Tu ficas muito tempo sem falar.
E ouvi ela respondendo:
— Engano teu: eu estou falando.
Falando com quem?
— Com os meus botões.
— Eu não ouvi.
— Quando a gente fala com botão, os outros não escutam.
Foi a primeira vez que eu me lembro de ter sintonizado nessa expressão que a minha mãe gostava muito: falar com os botões.
A resposta da minha mãe, quando eu disse que ela ficava muito tempo sem falar, me deixou meio perplexa. Não pelo fato dela falar com botão (ou com linha, ou com tesoura): tipo da coisa natural. O que eu achei extraordinário foi a minha mãe ficar assim, falando tanto tempo. Logo ela: uma mulher de tão pouca fala. A conclusão não demorou: se a minha mãe fica esse tempo todo batendo papo com os botões é porque o papo é ótimo! (Conclusão que logo emprestou aos botões uma qualidade mágica.) E, se minha mãe fala com eles, eu também vou falar, ué.
E falei.
E falei e falei.
Mas eu falava em voz alta: afinal de contas, falar era falar. E vivia à cata de novos interlocutores. No fundo mais fundo de tudo que é costureiro, em qualquer pacotinho que eu encontrava no meio de linha e de lã, lá estava eu fuçando, atrás de novos botões pra conversar. De quê? Ora, do casamento do botão de madeira, do nascimento do botão de madrepérola, do noivado do botão de metal, da doença e morte de um botão sem furo. E, já imitando o mundo adulto, que parecia achar muito natural a estranhíssima divisão adotada de alguns ricos para muitos pobres, eu também, lá no meu mundinho, já tinha os Botões Ricos (trabalhados em metal) e uma porção de Botões Pobres (de pano e de osso) pra conversar.
Acho que um dia a minha mãe ficou intrigada de ver que eu não conversava com alfinete, nem com agulha, nem com linha, e então me perguntou:
— Por que que tu só falas com botão?
— Tu também, ué.
E só aí ela me explicou que aquela expressão significava falar com a gente mesma, pensar, meditar. E, outra vez querendo imitar a minha mãe, eu larguei a prática de conversar com os botões e me iniciei na prática de falar com os meus botões.
— Tu ficas muito tempo sem falar.
E ouvi ela respondendo:
— Engano teu: eu estou falando.
Falando com quem?
— Com os meus botões.
— Eu não ouvi.
— Quando a gente fala com botão, os outros não escutam.
Foi a primeira vez que eu me lembro de ter sintonizado nessa expressão que a minha mãe gostava muito: falar com os botões.
A resposta da minha mãe, quando eu disse que ela ficava muito tempo sem falar, me deixou meio perplexa. Não pelo fato dela falar com botão (ou com linha, ou com tesoura): tipo da coisa natural. O que eu achei extraordinário foi a minha mãe ficar assim, falando tanto tempo. Logo ela: uma mulher de tão pouca fala. A conclusão não demorou: se a minha mãe fica esse tempo todo batendo papo com os botões é porque o papo é ótimo! (Conclusão que logo emprestou aos botões uma qualidade mágica.) E, se minha mãe fala com eles, eu também vou falar, ué.
E falei.
E falei e falei.
Mas eu falava em voz alta: afinal de contas, falar era falar. E vivia à cata de novos interlocutores. No fundo mais fundo de tudo que é costureiro, em qualquer pacotinho que eu encontrava no meio de linha e de lã, lá estava eu fuçando, atrás de novos botões pra conversar. De quê? Ora, do casamento do botão de madeira, do nascimento do botão de madrepérola, do noivado do botão de metal, da doença e morte de um botão sem furo. E, já imitando o mundo adulto, que parecia achar muito natural a estranhíssima divisão adotada de alguns ricos para muitos pobres, eu também, lá no meu mundinho, já tinha os Botões Ricos (trabalhados em metal) e uma porção de Botões Pobres (de pano e de osso) pra conversar.
Acho que um dia a minha mãe ficou intrigada de ver que eu não conversava com alfinete, nem com agulha, nem com linha, e então me perguntou:
— Por que que tu só falas com botão?
— Tu também, ué.
E só aí ela me explicou que aquela expressão significava falar com a gente mesma, pensar, meditar. E, outra vez querendo imitar a minha mãe, eu larguei a prática de conversar com os botões e me iniciei na prática de falar com os meus botões.
Até
o fim da vida, a minha mãe se demorou nesses falatórios com ela mesma. Quando
ela já estava muito doente, uma vez eu entrei no quarto dela e vi ela de olho
fechado, sem se mexer. (Essa é uma das únicas cenas em que me lembro dela de
mão parada.) O susto me pregou no chão. Mas lá pelas tantas ela abriu o olho,
estudou minha cara, e a mão se mexeu, fazendo um gesto negativo. A voz
confirmou o gesto:
— Ainda não, minha filha: eu só estava falando com os meus botões.
— Ainda não, minha filha: eu só estava falando com os meus botões.
Foi a procura dos botões
que me levou mais fundo nos costureiros que acompanhavam a minha mãe; foi de
tanto a minha mão andar por lá, num convívio cada vez mais estreito com tesoura
e linha, e com agulha e lã, que eu comecei a achar que trabalhar com a mão era
uma coisa tão da vida feito comer e dormir: era bom.
Foi bom querer imitar a minha mãe nos trabalhos manuais e aprender que a mão é um instrumento único.
É bom."
Foi bom querer imitar a minha mãe nos trabalhos manuais e aprender que a mão é um instrumento único.
É bom."
BOJUNGA, Lygia. “Falando com os botões”. In:
Feito à mão. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2005, pp. 47-53
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
ET AUAU
De qualquer
ETnia, é senhor de todas as graças. Se não tem pedriguee, isso pouco importa. ET
pintas brancas e pretas, ET de verde esperança. Às vezes dengoso e solto das
patas. ET late pra mim e a menina, de patins, nem me olha. Meu olhar implora a
seus olhos, tropeça no vazio e fica na fossa. Ela não precisa de patins e de ET
pra ser cheia de graça. E eu não passo de um ETerno sonhador, sem AUAUtonomia e
fingida alegria.
(TIRADAS do
Teco, o poeta sonhador)
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Lero Lero - Cacaso
http://letras.mus.br/cacaso/687388/
Lero lero
Cacaso
Sou brasileiro de estatura mediana
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque no amor quem perde quase sempre ganha
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder
Não guardo mágoa, não blasfemo, não pondero
Não tolerolero lero devo nada pra ninguém
Sou descansado, minha vida eu levo a muque
Do batente pro batuque faço como me convém
Eu sou poeta e não nego a minha raça
Faço versos por pirraça e também por precisão
De pé quebrado, verso branco, rima rica
Negaceio, dou a dica, tenho a minha solução
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque no amor quem perde quase sempre ganha
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder
Não guardo mágoa, não blasfemo, não pondero
Não tolerolero lero devo nada pra ninguém
Sou descansado, minha vida eu levo a muque
Do batente pro batuque faço como me convém
Eu sou poeta e não nego a minha raça
Faço versos por pirraça e também por precisão
De pé quebrado, verso branco, rima rica
Negaceio, dou a dica, tenho a minha solução
Sou brasileiro, tatu-peba taturana
Bom de bola, ruim de grana, tabuada sei de cor
Quatro vez sete vinte e oito nove´s fora
Ou a onça me devora ou no fim vou rir melhor
Não entro em rifa, não adoço, não tempero
Não remarco, marco zero, se falei não volto atrás
Por onde passo deixo rastro, deixo fama
Desarrumo toda a trama, desacato Satanás
Sou brasileiro de estatura mediana
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Bom de bola, ruim de grana, tabuada sei de cor
Quatro vez sete vinte e oito nove´s fora
Ou a onça me devora ou no fim vou rir melhor
Não entro em rifa, não adoço, não tempero
Não remarco, marco zero, se falei não volto atrás
Por onde passo deixo rastro, deixo fama
Desarrumo toda a trama, desacato Satanás
Sou brasileiro de estatura mediana
Gosto muito de fulana mas sicrana é quem me quer
Porque no amor quem perde quase sempre ganha
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder
Diz um ditado natural da minha terra
Bom cabrito é o que mais berra onde canta o sabiá
Desacredito no azar da minha sina
Tico-tico de rapina, ninguém leva o meu fubá
Veja só que coisa estranha, saia dessa se puder
Diz um ditado natural da minha terra
Bom cabrito é o que mais berra onde canta o sabiá
Desacredito no azar da minha sina
Tico-tico de rapina, ninguém leva o meu fubá
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