Segundo Mario Quintana, hoje em dia é difícil encontrarmos "as pessoas presentes", por causa da TV, rádio, celular e internet. Vivemos, sempre e sempre, "em comunicação com uns distantes fantasmas". O problema agora "não são os fantasmas do outro mundo, mas sim os fantasmas deste mundo!" (M. Q. Caderno H).
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Pessoas-fantasmas
Segundo Mario Quintana, hoje em dia é difícil encontrarmos "as pessoas presentes", por causa da TV, rádio, celular e internet. Vivemos, sempre e sempre, "em comunicação com uns distantes fantasmas". O problema agora "não são os fantasmas do outro mundo, mas sim os fantasmas deste mundo!" (M. Q. Caderno H).
domingo, 14 de dezembro de 2014
No tempo das cavernas
No tempo das cavernas uivos e guinchos davam conta das
palavras. Cavalo da chuva ninguém tirava. Não havia freezers bichos embalsamados e açougues. Era dos
sentidos, nada era embutido. Todos reinavam e não havia cativeiros. Nem sempre o
grande comia o pequeno. Quem podia mais fugia menos. Não havia correntes e
prisões-canis de alguns metros quadrados. Hoje a anatomia do açougue esquarteja
o sonho do boi. Congelamos sentimentos e somos escravos do tempo. Me espanta o
ritmo do caranguejo. Meu ritmo mais ousado é andar para os lados. Nunca vi
bicho psicopata. Bicho não mata por prazer. Bicho não se alegra ao ver outro
bicho sofrer.
(TIRADAS do Teco, o poeta sonhador)
domingo, 7 de dezembro de 2014
domingo, 30 de novembro de 2014
Pediram-me para cuidar...
Pediram-me para cuidar do planeta, admirar as estrelas e o sistema solar. Garimpar tesouros no céu e - com meu verso - cantar as harmonias do universo. Cuidar de tantas espécies em extinção, mesmo que essa bola azulada, orbitando na imensidão, permaneça por muito tempo depois que eu for. De que vale tanto esforço se nem sei cuidar de mim? De que adianta cuidar de tudo se me apavora a previsão do futuro? Cuidar das abelhas, cuidar das cigarras, rezar pelos golfinhos e os caracóis. Cuidar do Polo Norte morando no Polo Sul. O lixo atômico se espalhou, dizem que sou culpado. O poeta necessita escutar os seres, seus olhares, imagens e palavras... De que valem tantos brados, se não consigo desenhar no poema os meus gritos engasgados?
(TIRADAS
do Teco, o poeta sonhador)
domingo, 23 de novembro de 2014
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