Tudo anda tenso na pátria amada, salve salve. Não me obriguem a fazer a crônica dessas águas agitadas, meio insensatas, dada a nossa história, a antiga e a de agora. Venho para quebrar o ritmo, parar com a correria, erguer a cabeça e pedir um minuto de silêncio, para ouvir grilos, sabiás, goteiras e cachoeiras. Guerras, tragedias, conflitos, bombas, cansei do crepúsculo e aurora que não vê o nascer e o pôr do sol. Suave, suave é minha opinião. Não estou nem aí pra verdade, sua razão veio tarde, trocou de lugar com o vento, o riso, o silêncio e o contra-senso. Tudo anda tenso na pátria amada. Em meio ao trânsito, buzinas e freadas, ouço a sirene da ambulância sem rumo no final de tarde. Calma. Serenidade nessa hora. Talvez o bicho não seja tão frágil. E sobreviva. Pode, quem sabe, acordar e dar o bote. Ou dar o fora.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
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Tudo anda tenso na pátria amada, salve salve. Não me obriguem a fazer a crônica dessas águas agitadas, meio insensatas, dada a nossa história, a antiga e a de agora. Venho para quebrar o ritmo, parar com a correria, erguer a cabeça e pedir um minuto de silêncio, para ouvir grilos, sabiás, goteiras e cachoeiras. Guerras, tragedias, conflitos, bombas, cansei do crepúsculo e aurora que não vê o nascer e o pôr do sol. Suave, suave é minha opinião. Não estou nem aí pra verdade, sua razão veio tarde, trocou de lugar com o vento, o riso, o silêncio e o contra-senso. Tudo anda tenso na pátria amada. Em meio ao trânsito, buzinas e freadas, ouço a sirene da ambulância sem rumo no final de tarde. Calma. Serenidade nessa hora. Talvez o bicho não seja tão frágil. E sobreviva. Pode, quem sabe, acordar e dar o bote. Ou dar o fora.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
As vantagens de ser invisível - FILME
Acho que, se um dia eu tiver filhos e eles ficarem perturbados, não vou dizer a eles que as pessoas passam fome na China nem nada assim, porque isso não mudaria o fato de que eles estão transtornados. E mesmo que alguém esteja muito pior, isso não muda em nada o fato de que você tem o que você tem. É bom e mau.
...
Eu sei que tudo isso serão apenas histórias algum dia. E nossas fotos se tornarão velhas fotografias. E todos nós nos tornaremos mãe ou pai de alguém. Mas agora, exatamente agora, esses momentos não são histórias. Está acontecendo. Eu posso ver. E nesse momento, eu juro, nós somos infinitos.
...
É muito mais fácil não saber das coisas de vez em quando.
...
É duro ver um amigo sofrendo tanto. Especialmente quando você nada pode fazer, a não ser ‘estar lá’. Queria fazer com que ele parasse de sofrer, mas não posso. Então eu só o acompanho aonde quer que ele queira ir para me mostrar seu mundo.
...
Não pode colocar a vida das pessoas à frente da sua.
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As coisas mudam e os amigos se vão, mas a vida não pára para ninguém.
...
Quando estava indo para casa, só conseguia pensar na palavra 'especial'. E pensei que a última pessoa que me disse isso foi tia Helen. Foi muito bom ter ouvido isso novamente. Porque eu acho que todos nós nos esquecemos ás vezes. E eu acho que todo mundo é especial á sua própria maneira. É o que eu penso.
...
Sei que sou quieto, e que devo falar mais, mas se soubesse as coisas que passaram pela minha cabeça, você saberia o que significou de verdade.
...
Sempre acho que um livro é meu favorito até eu ler outro.
…
Eu sinto o Infinito.
...
-Por que as pessoas boas escolhem as pessoas erradas?
-A gente aceita o amor que acha que merece.
-A gente aceita o amor que acha que merece.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Adote um poeta
Adote um poeta mesmo que seja pra guiar pela mão como bicho de estimação. Poodle, shitzu, pequinês, vira-latas. Asseado, perfumado, Don Juan das calçadas. Poeta galanteador, você sabe minha pouca intimidade com coleira, focinheira e roupinha do time do coração. Alimente a minha coragem pra entender as maluquices do mundo em suas viagens. Adote um poeta, meu algodão-doce, pra conduzir pela mão, como se Don Juan fosse...
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Palestra sobre prática de leitura nas escolas
A SMED de Ijuí promoveu palestra com o professor e escritor Américo Piovesan na última terça-feira, 13, para os mediadores de leitura das escolas da rede municipal. A atividade fez parte do programa Todos pela Leitura, que visa a incentivar a prática da leitura nas escolas.
Primeiramente foi o abordado o tema da infância nos nossos dias. “Constata-se que essa, em boa medida, está sendo substituída pelo universo corporativo dos adultos, o qual é perpassado pela competição e individualismo. As crianças são submetidas à rotina adulta, com uma excessiva carga de atividades. O tempo da infância necessita ser o do lúdico e da imaginação. Ao abrir mão desse tempo, e das vivências nele envolvidas, estaremos sonegando das crianças uma formação mais humanizada. Isso leva a uma defasagem na sua formação ética, o que implica conseqüências quanto ao futuro, que é o de buscar um mundo melhor”, diz o escritor.
Um segundo tema debatido diz respeito ao papel do mediador de leitura. Para o escritor é fundamental que esse exercite sua sensibilidade e empatia, no sentido de ouvir o outro - no caso, as crianças e jovens das escolas. Empatia significa o esforço de se colocar no lugar do outro, e fazer pontes, para aproximar as gerações, tendo como elo de ligação os livros e a leitura. O mediador necessita diversificar seu repertório de histórias prestando atenção nas demandas dos alunos, tão diversificadas quantas são as faixas etárias.
Num terceiro momento, para sublinhar a importância das histórias, o palestrante enfatizou que necessitamos apostar na palavra viva - ou seja, de que um livro pode entrar na vida de uma pessoa a ponto de levá-la a mudar sua forma de pensar e de viver. A partir da psicanálise, que afirma que um dos objetivos das palavras como instrumento terapêutico é o de "diminuir o peso que cada um carrega" (Abrão Slavutski, Zero Hora de julho de 2013), vemos que as histórias que lemos possibilitam alcançarmos alguma leveza, isto é, suporta a vida pesada, com suas perdas, frustrações, privações.
Para finalizar, Américo Piovesan procurou relacionar o poeta Vinicius de Morais à necessidade de formar leitores visando a um mundo melhor. Além da contribuição do grande poeta para popularizar a poesia através da música, o mesmo, com o espírito sensível (humanista) de sua obra, serve de contraponto à nossa sociedade pautada pelo individualismo, competição, vazio existencial, e onde os negócios perpassam boa parte das relações entre as pessoas.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Grilado
Tua
música
não
é hip hop nem rock
regae
foxtrot ou rap.
Tua
música é estado de graça.
Se
meu coração
parece
um vulcão,
como
posso querer
que
se abram flores
em
minhas mãos?
Minha
aura
Frankenstein
num
vermelho incerto
acusa
o golpe
quando
passas
por
perto.
De
que modas preciso
de
piercings e brincos
alegres
e doloridos
para
te encantar?
Minha
vontade
é invadir
teu território
e
fazer a loucura
de
cantar o meu amor
pra
todo mundo ouvir
do
décimo primeiro andar.
Quem
sabe eu mude
minha
estratégia:
invista
numa TV
celular internet
crediário
e carregue
sempre comigo
códigos
e senhas
gramática
e dicionário.
Sei,
no apagar das luzes,
somos
pouca coisa
quase
um “Eu, etiqueta”
como
disse o poeta.
No
final da festa
não
sou grande coisa
e,
tudo quanto é coisa,
me
locupleta!
Anote
e (a)guarde:
ainda
não tenho idade
pra
cair em desgraça.
Com
tua presença
afundo
na fossa
sem
identidade reputação
nem nome limpo
na praça!
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
sábado, 3 de agosto de 2013
QUE TAL, POETA? - Jorge Costa Melo
Neste universo
de amores tão dispersos
o poeta se agarra a seus versos
e vai seguindo um caminho.
Talvez lhe faltem carinhos
talvez se sinta sozinho...
Mas, poeta,
que tal uma namorada?
dessas bem assanhadas,
despudorada, atrevida
que te mostre um recomeço
que te revire do avesso
e te devolva pra vida!!
Não é uma boa pedida?
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