domingo, 24 de maio de 2009

PEDRO COLOR PAULO

Desenho e texto de Giovanni Pasquali Piovesan


CDF,

Pedro

Color

Paulo

só pensa

em estudar.

Até hoje

ele não sabe

se tem o nome

por causa do cabelo

ou se tem o cabelo

por causa do nome!

sábado, 23 de maio de 2009

MIRO MALUCO

Desenho de Giovanni Pasquali Piovesan


Está aí por que quis...

Ele descobriu que,

de vez em quando,

pode desobedecer os outros,

pra libertar da prisão o seu coração!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NO IMEAB - João Boboca ou João sabido?




Na Contação de histórias que praticamos no IMEAB/Ijuí, nas turmas de pré até quartos anos do Ensino Fundamental, nos esforçamos para aproximar as histórias mais significativas que foram criadas pelos grandes autores (as), com o universo dos alunos em sala de aula. Ao mesmo tempo, pretendemos que os alunos vivenciem a experiência de serem autores/escritores.

Nosso objetivo é o de despertar o interesse pelos livros por parte das crianças, mas também de desafiá-las a colocar a imaginação pra funcionar, vivendo a experiência de ser autor/escritor (a).

Foi o que aconteceu com a turma 42 (quarta série do ensino fundamental, da professora Vera). Após termos contado a história João Boboca ou João Sabido?, desafiamos os alunos para produzirem um outro final para a história (“como você gostaria que a história acabasse?”), ou: “Imagine outro final para a história”.

Essa história, da escritora Rosane Pamplona, tem como personagens principais o caipira João, e sua esposa Maria. Incentivado por Maria, João vai à cidade trocar sua vaca malhada por uma outra coisa. Só que no caminho ele cruza por outros espertos “negociantes”, e acaba fazendo várias trocas (boas ou más?.. Isso é o leitor que decide). Ele se parecia boboca, e muitos quiseram tirar proveito de sua ingenuidade. De qualquer maneira, vamos manter o suspense e convidar o leitor a ler o livro. Apenas citamos a dúvida final:

No final do troca-troca
quero ver bem respondido:
o sabido era o boboca
ou o boboca era o sabido?

A história a seguir é re-criação da aluna Maria Eduarda Albrecht Schmalz, da turma 42. Observem o vôo imaginário de nossa jovem escritora!


João e sua mulher, Maria, viviam numa casinha simples, num pequeno sítio. Ambos queria reformar a pequena casa, mas o pouco dinheiro que ganhavam não chegava nem para alimentar sua magra vaquinha

Maria, então, pediu para João ir à cidade trocar a vaquinha por algo mais útil para eles. No caminho, João encontrou um pastor cuidando de lindas cabras. Então o pastor perguntou se ele gostaria de trocar sua vaquinha por uma das cabritinhas, e João aceitou e foi andando.

No caminho passou por uma carroça cheia de gansos. João quis trocar a cabrita por um daqueles gansos. Houve a troca e João foi andando.

Mais adiante João encontrou um homem com um galo embaixo do braço. Esse pediu para trocar o lindo ganso pelo seu galo. João aceitou e foi em frente. Mais adiante encontrou um menino que carregava um passarinho dentro de uma gaiola. Fizeram a troca e, logo depois, João chegou à cidade. Ele sentou no banco da praça para descansar com o passarinho, e ficou surpreso ao ouvir o passarinho cantar e dançar. Mas ficou mais surpreso ainda quando ouviu o passarinho dizer:

- João, seu cabeça de melão,
não vá me trocar
por um punhado de feijão!

João não acreditava no que via! O passarinho era mágico!

Nesse instante passou um grande circo pela cidade. Então João teve a idéia de fazer do passarinho uma grande atração. Mostrou seu talento para o dono do circo, o qual na hora topou trocar o passarinho por materiais de construção.

E não é que o João tinha razão? Ele pôde reformar sua casinha e o material que sobrou ele vendeu para uma loja. Com o dinheiro que ganhou João comprou uma vaquinha, uma cabrita, um lindo ganso e um galo... E sabem o que mais apareceu? O tal do passarinho cantor! João e Maria ficaram muito felizes pois, além da casinha nova, eles agora tinham vários bichinhos de estimação!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

RAPOSA



Uma raposa
passeia no sótão...
- Toc, toc, tuc...
Tuc, tuc, toc, tuc!

Se é velhinha e neurótica, não sei...
Não nos conhecemos pessoalmente.
Mas vivemos sozinhos,
mesmo rodeados de gente.

Não sei o que pensa de mim.
Dela, também nada sei...
Nem consigo adivinhar
o que ela faz - se é mãe
tia ou vovozinha...
Apenas sei que,
quando caminha,
com muito estrondo,
sacode a minha vida!

- Tuc, tuc, toc...
Toc, toc, tuc, toc!

Correria no sótão,
e não sei se está saindo
pra dormir fora
ou se está chegando
pra dormir agora...

domingo, 10 de maio de 2009

Feira do livro de TRÊS PASSOS








SÁBADO, DIA 09/05/2009, estivemos no município de Três Passos, no colégio Ipiranga, para a 37 FETRELI (Feira Trepassense de Literatura). Pudemos conversar com os jovens leitores, nas salas de aula, sobre o processo de ler/escrever. Foram muitas perguntas, declamação de poemas e contação de histórias. Uma grande feira que mostra como o envolvimento das pessoas da comunidade pode fazer a diferença, com relação ao nivel cultural de uma cidade, um estado, um país.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

FIZ VOAR O MEU CHAPÉU - Ana Maria machado



Fiz voar o meu chapéu,

acertei no coronel.


O Coronel se assustou,

no riacho despencou.


O riacho foi embora,

nem reparou na Senhora.


A Senhora deu chilique,

quem salvou foi o cacique.


Cacique chamou Peri,

que pescava lambari.


Lambari fugiu ligeiro,

nem esperou marinheiro.


Marinheiro deu fricote,

saiu remando num bote.


O bote deu tremedeira,

despencou na cachoeira.


Cachoeira foi pro mar,

pela praia a se espalhar.


Se espalhou até o barraco

onde mora o Zé Macaco.


Macaco deu gargalhada

e chamou a namorada.


Lá veio dona Gabola,

de bolsa, xale e gaiola.


Mas a gaiola se abriu

e passarinho fugiu.


Voa, voa, passarinho,

vai de volta pro seu ninho...


No ninho os quatro filhotes

festejaram aos pinotes.


E cantaram numa banda,

no seu ninho com varanda.


Viva Peri, viva o Mico,

a Senhora e o Coronel!


Viva mais o tico-tico

que fez ninho em meu chapéu!

terça-feira, 5 de maio de 2009

MANOEL DE BARROS - O LIVRO DAS IGNORÃÇAS




Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença
delas. Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu preceptor,
esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
- Gostar de fazer defeitos na frase é muito
saudável, o Padre disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,
pode muito que você carregue para o resto da
vida um certo gosto por nadas...
E se riu.
Você não é de bugre? - Ele continuou.
que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em
estradas - Pois é nos desvios que encontramos as melhores
surpresas e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
agramática.

domingo, 3 de maio de 2009

RICARDO SILVESTRIN




Do livro "Conversa com verso" - antologia de poetas gaúchos.


Último andar
até o céu
muito que andar

ninguém dá bola
mas as formigas
adoram coca-cola

vento forte
plantas portas pessoas
tudo se importa

formigas antigas
famílias de mosquitos
habitam o espaço restrito
onde eu habito
não pagam aluguel nem água
comem do meu sangue
da minha comida
e ainda devem fazer fofocas
sobre a minha vida.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

JOGANDO BOLA COM COCA-COLA




Giovanni, Lorenzo e Gabriel - alunos do CSCJ/Ijuí-RS


Joguei bola na escola,
tomando coca-cola,
fiz um gol de placa,
achei muita graça.

Meu time tem muita raça,
achei mesmo uma graça,
o goleiro frangueiro,
a torcida ficou rindo o jogo inteiro!

domingo, 26 de abril de 2009

A VOLTA DO BICHO-POESIA


Mario Pirata

A LAGARTIXA
DESLIZA
LISA, LISA,
SOLTA COMO FAÍSCA.

DESENHA A PAREDE,
ARISCA, ARISCA.
COMO UM RISCO DE GIZ
NA MÃO DO MENINO.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

LIBERDADE



Ouvi dizer
que estou proibido
de deixar um rastro
por onde passo

debulhei bilhetinhos
no banheiro
da Cozinha
sala e quarto

fui proibido
de jogar
pelo caminho
meias cuecas
camisas sapatos
garrafas sem tampa
frutas mordidas
e devoradas pela metade

mamãe é um rastro
de pólvora
a matraquear
que me prefere
tempestade
quer que arrase
por onde vou
com meu amor
emoção e liberdade!

O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...