fffffffffffffffffffff
Eu queria pentear o menino
como os anjinhos de caracóis.
Mas ele quer cortar o cabelo,
porque é pescador e precisa de anzóis.
fffffffffffffffffffff
Eu queria calçar o menino
com umas botinhas de cetim.
Mas ele diz que agora é sapinho
e mora nas águas do jardim.
fffffffffffffffffffff
Eu queria dar ao menino
umas asinhas de arame e algodão.
Mas ele diz que não pode ser anjo,
pois todos já sabem que ele é índio e leão.
fffffffffffffffffffff
(Este menino está sempre brincando,
dizendo-me coisas assim.
Mas eu bem sei que ele é um anjo escondido,
um anjo que troça de mim।)
fffffffffffffffffffff
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Poema de Elias José, do livro Bicho que te quero livre
NOVELA
A vaca amarela
ganhou uma rosa amarela
e uma declaração de amor
de um boi voador,
louquinho por ela.
A vaca amarela
sorriu, jogou beijo
e ficou mais bela.
O boi voador deu a ela
uma aliança de noivado.
Marcaram o casamento,
montaram uma casa.
O boi voador prometeu
não voar mais.
Na despedida de solteiro,
o boi voador resolveu voar
só um pouquinho...
Só que voou, voou,
e até hoje não voltou.
A vaca amarela
ganhou uma rosa amarela
e uma declaração de amor
de um boi voador,
louquinho por ela.
A vaca amarela
sorriu, jogou beijo
e ficou mais bela.
O boi voador deu a ela
uma aliança de noivado.
Marcaram o casamento,
montaram uma casa.
O boi voador prometeu
não voar mais.
Na despedida de solteiro,
o boi voador resolveu voar
só um pouquinho...
Só que voou, voou,
e até hoje não voltou.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
A MÃE DA MÃE DE MINHA MÃE
HHHHHHHHHHH
morava numa casa antiga
que tinha uma sala de visitas.
A sala ficava no centro da casa
e estava cheia de portas
que levavam aos quartos.
HHHHHHHHHHH
que tinha uma sala de visitas.
A sala ficava no centro da casa
e estava cheia de portas
que levavam aos quartos.
HHHHHHHHHHH
A mãe da mãe da minha mãe
se orgulhava em mostrar
o retrato da família
para todas as visitas.
HHHHHHHHHHH
No retrato aparecia
um menino carrancudo
que tinha medo do fotógrafo
e do “OLHA O PASSARINHO”
na hora do CLIC!
HHHHHHHHHHH
E tinha também no retrato
um tio de nariz quebrado
e outro tio careca e sério
como se tivesse voltado do cemitério.
HHHHHHHHHHH
A mãe da mãe de minha mãe
estava muito bonita no retrato
parecia Nossa Senhora
rodeada de Anjos e Querubins
e toda vez que eu olhava pra ela
ela piscava o olho pra mim!
ertyuiopasdfghjklçzxcvbnm,.;~´polkijhg
FINAL DO MÊS: NATAL E ANO NOVO
Quando o final do mês se aproxima
esvaziam-se as cartelinhas
de remédio da vovó…
Ela corre pra farmácia,
enfrenta chuva e vento,
e o tempo que voou...
(Vovó disfarça,
diz que o remédio está caro,
e que ela ganha pouco…)
Ela não entrega os pontos:
cada vez mais se enfeita
para atrair coisas boas.
Adora dançar e tricotar…
Ah, e conversar no telefone,
durante horas, com as amigas!
Minha cidade também se enfeita
Para o Natal. Lojas cheias de gente,
lista de compras de presentes
para as crianças e os adultos...
Atrás das cortinas dos olhos da vovó
vejo mais um pôr do sol despedir-se.
Vai o sol, chega a noite e os fantasmas
vêm contar suas histórias...
- Neste sol quente, não esqueça
o chapéu de palha! - dizia vovó.
Todo dia ela contava aventaras
sem desgrudar o olho do seu bordado.
Ao trançar as palhas do trigo
vovó brandia sua varinha mágica
e trazia ao mundo chapéus coloridos.
As mãos rápidas
disfarçavam
seus calos,
a palha gritava
se retorcia
mas logo logo
se acalmava
no trançado...
Agora eu percebo que o nascimento do chapéu
se parece com o nascimento do poema.
Meu lápis rabisca
a palavra escolhida
e ela vai ser apagada
ou vai ser o início de um sonho
(na companhia de um desenho...)
A palavra é o broto do trigo
que cresce e amadurece
no inverno e outono...
Nasce chapéu e poema
e vai proteger nossa cabeça
desse calor de rachar...
***
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Um garoto chamado RORBETO
Dê uma conferida no livro Um garoto chamado RORBETO, do Gabriel o pensador.
Vale à pena!
#######################
Era uma vez um menino
que era muito atrapalhado.
O nome dele era esquisito
porque foi escrito errado.
É que o pai também se atrapalhava sempre, sem parar,
e lhe deu um nome com uma letra
fora
do lugar.
#####################
Quando o menino nasceu,
o Doutor viu que era homem
e falou para os pais dele:
- Já escolheram o nome?
Mas seu pai não tinha tido escola.
Era analfabeto.
Não sabia nem falar direito,
e falou
RORBETO.
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