quarta-feira, 30 de setembro de 2009
FRANKENSTEIN
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
PRA DESPERTAR A MANHÃ
Numa folha dobrada, sobre a mesinha de centro da sala de espera, estava escrito:
PRA DESPERTAR A MANHÃ
Até quando vou deixar que os outros decidam por mim?
Sei que sou responsável pelo que faço, mas alguma força maior do que eu entra
Não tenho certeza sobre o dia de amanhã. Mas o que serei depende, em boa medida, das decisões que tomar aqui e agora.
Deve-se aprender a conviver com o inesperado.
Mesmo num mundo de incertezas, não tem como fugir destas questões:
-saber qual o melhor momento para agir.
-decidir o que é mais importante.
- saber qual a coisa certa a ser feita.
Acabo de ler a mensagem manuscrita que encontrara, e percebo que as preocupações de quem escreveu são também as minhas preocupações.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
VAMOS APRENDER A ANDAR DE BICICLETA
As coisas vão de mal a pior
você se sente sozinho
cercado de lobos insensíveis.
Você olha para o céu
e nenhuma estrela aponta o caminho.
Nessa hora, precisamos captar uma energia invisível
que está em todo o lugar - mas que não se oferece assim no mais...
Organizar os pensamentos, mesmo que, no limite,
temos à mão apenas uma folha em branco do velho diário,
abandonado em algum instante do passado.
Rabiscarmos palavras, frases, pode ajudar a organizar
o mapa de nossos agitados pensamentos.
Esse é o processo.
Nisso eu acredito.
Minha religião é a do inesperado,
do imprevisível e inusitado
- e por que não mesmo do surreal?
Não vamos tremer, se de novo voltamos a ser aquela criança
que pedalou, pela primeira vez, a bicicleta, sem qualquer proteção. Tínhamos que ir em frente, senão cairíamos e nos machucaríamos.
Vencemos o medo, domamos a bicicleta, e tudo se normalizou.
Agora estamos crescidos.
Os desafios são outros.
Se vencemos o medo uma vez,
num mundo totalmente estranho,
habitado por bruxas e monstros,
podemos agora aprender a encontrar
outras maneiras de espantar o medo.
Acho que é pra isso que escrevo.
Minha bicicleta perdeu o freio,
e eu tenho medo de parar e levar um tombo.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
POEMINHA NA GARRAFA - José de Castro
Poeminha na garrafa
foi lançado para o mar.
Longe vai este meu verso
na espuma a velejar...
Poeminha na garrafa,
meu amor vai procurar.
Sopra o vento, fura a onda,
não se deixe afundar...
Poeminha na garrafa
veio um peixe espiar...
Curioso, bica o vidro,
cuidado, pode quebrar...
Poeminha na garrafa,
tem alguém a esperar?
Chega logo ao destino:
“Para sempre vou te amar.”
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
UM JEITO DE SER - Flávia Menegaz
Às vezes eu como mamão com açúcar
outras, a palavra crua
Às vezes eu finjo que tenho asas
ou que sou boazinha
Às cinco horas eu tomo suco de acerola
depois de caminhar pelas ruas de Pequim
E assim eu brinco de viver:
meus olhos captando cores
meus dedos as traduzindo em palavras.
O PATIFE tá enrolando de novo
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