De braços abertos
o amor é um eterno
poeta sonhador.
Para lá e para cá
somos pêndulos
que maltratam o dia
tecendo acordos
com o prazer e a dor.
acordamos
e esquecemos
nossa reserva
de sonhos.
Nos ensinaram que amar
é dever não prazer
(não podemos
decepcionar
os outros!)
Ponteiros dos segundos,
não temos mais tempo
para amores tragicômicos
(perdemos a hora
e o ônibus...)
Buscamos
amores previsíveis
pra poder começar
a fugir outra vez.
A aventura maior
será um dia aceitar
a dose única do amor
e seu fluxo letal!
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
O AMOR
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
LUIZ CORONEL
Quadro de Vincent Van Gogh (1853-1890)
Início da manhã, na escola, bocejos, muito calor e a biblioteca, impassível. Ao remexer a pilha de livros que as crianças dexaram jogada sobre a mesa, dou de cara com um livro de poemas do Luiz Coronel - Um girassol na neblina. Então, acontece o milagre. Começo sua leitura e a manhã passa voando, até chegar ao final...
FUGAS & CULPAS
Se a felicidade
não veio
não se ponha a maldizer
o pão
e o vinho.
Sem agendas
ou mapas
a felicidade se perde
a dançar
pelos caminhos.
Se os sonhos
naufragaram
credite às ondas
e ao vento.
Se o amor
não deu certo
a culpa é das flores
que nunca chegam
a tempo.
CATARSE
Cantores existem
que cantam
com a voz.
Os braços
dos verdadeiros
são claves de sol.
Os cabelos
partituras
e os olhos
notas musicais.
Existem atores
que dizem: "sou peixe".
Lancem anzóis
tarrafas
para me pescar.
Os verdadeiros
são pães
que se repartem
de forma imediata
e milagrosa.
Certos poetas
vacilam, aromatizam,
impermeabilizam as palavras.
Os verdadeiros
criam metáforas
e dentro delas as palavras
viram cambotas
e comem bergamotas
num banco de praça.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
DISFARCE
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
MEUS SONHOS
Paul Klee - Na cidade do sonho
Não me aventuro
mais pelos cantos.
Os sonhos vêm
pé ante pé
tiram a roupa
põem pijama
contam histórias
fazem dormir.
Não domino meus sonhos.
Sou por eles escravizado.
Cochilo na rede
cochilo na sala de aula
cochilo no sofá
na hora da novela.
Na tenra espera
do sonho mais lindo
vem o pesadelo
e arrasa o meu cochilo...
Não confeccionei
troféus
para enganar
meus sonhos.
Riem de mim
quando, alucinado,
extravio as chaves
que fecharão suas portas!
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