sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O SONHADOR E O MAR

Flagrei-me consultando o mapa do Guia Quatro Rodas, meus olhos desejando conhecer a vasta extensão do litoral do Brasil. Meus sonhos aterrissavam nas praias, caminhavam de pés descalços pela orla, a água lambendo meus dedos...

O sol estava se pondo, e não pude evitar compará-lo com os que vi noutros tempos.

Sei, a primavera traz boas lembranças, o calor, festas, final de ano que se avizinha, tudo se insinua ante meus olhos, nas vitrines, cores do vestuário, braços e pernas já se bronzeando...

Há o apelo para que relaxemos, a mística para conhecermos lugares distantes... Não tendo outra saída, aqui no noroeste do estado, rodeado de soja e banhado pela terra vermelha, recorro ao amigo poema!

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O SONHADOR E O MAR

Minhas nóias de consumo

descarrilaram trilhos poéticos

e a primavera fez brotar

velhos sonhos materiais.

Aflições existenciais

foram pro espaço

edifiquei em seu lugar

uma casa perto do mar.

Tijolos brita areia

ferro cimento

planta planos

fui às compras...

Vizinhos passantes

a diretoria do bairro

engenheiros arquitetos

aprovaram a sinceridade

dos meus planos

todos estão sensibilizados

com a bravura dos meus sonhos...

Meus sonhos...

seja o mais breve ano novo

seja agora neste instante

(e cada segundo que passar)

buscam delirantes

o cheiro cor som

sabor do mar...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008


Flagrei-me consultando o mapa do Guia Quatro Rodas, meus olhos desejando conhecer a vasta extensão do litoral do Brasil. Meus sonhos aterrissavam nas praias, caminhavam de pés descalços pela orla, a água lambendo meus dedos...
O sol estava se pondo, e não pude evitar compará-lo com os que vi noutros tempos.
Sei, a primavera traz boas lembranças, o calor, festas, final de ano que se avizinha, tudo se insinua ante meus olhos, nas vitrines, cores do vestuário, braços e pernas já se bronzeando...
Há o apelo para que relaxemos, a mística para conhecermos lugares distantes... Não tendo outra saída, aqui no noroeste do estado, rodeado de soja e banhado pela terra vermelha, recorro ao amigo poema!

O SONHADOR E O MAR

Minhas nóias de consumo
descarrilaram trilhos poéticos
e a primavera fez brotar
velhos sonhos materiais.

Aflições existenciais
foram pro espaço
edifiquei em seu lugar
uma casa perto do mar.

Tijolos brita areia
ferro cimento
planta planos
fui às compras...

Vizinhos passantes
a diretoria do bairro
engenheiros arquitetos
aprovaram a sinceridade
dos meus planos

todos estão sensibilizados
com a bravura dos meus sonhos...

Meus sonhos...
seja o mais breve ano novo
seja agora neste instante
(e cada segundo que passar)
buscam delirantes
o cheiro cor som
sabor do mar...

domingo, 24 de agosto de 2008

OLIMPÍADAS NA INFÂNCIA

É uma grande alegria ler um livro para teu filho (de oito anos), e ele saborear e se divertir contigo no rastro das peripécias dos personagens, suas manhas e nóias... Claro, a criança não vai abrir mão das promessas, pouco convictas, que seu pai fez na véspera: disputar olimpíadas, ao estilo das da China, a começar com a competição de judô em cima da cama, com direito a eliminatórias, fases semi-final e final. Tudo devidamente cronometrado e observado pelo “árbitro”. Seu pai sendo punido se, num momento de desvantagem, apelar para as cócegas. Torneio de vôlei na garagem, com três sets de vinte e cinco pontos cada partida. Finalmente queimada, numa competição de, pelo menos, trinta pontos...
Na infância é barbada ganhar/passar o tempo. Ao brincar, nos desvencilhamos do tempo e, de certa maneira, relativizamos o espaço. Pode-se brincar de muita coisa. E há um ganho extra: exercitamos nosso (cada vez mais) preguiçoso corpo.
Mas voltemos à história do livro. Se o corpo ficou exausto com tantas olimpíadas e campeonatos que teu filho te submeteu, espalhar livros pela casa é uma estratégia que pode dar muito certo. Jornais e cds também contribuem para isso. Nos intervalos de uma e outra competição, você diz para teu filho que está com sede, que precisa respirar um pouco... Aí você abre um livro, que tinha sido folheado na noite anterior, que te despertou interesse, antes de você ser vencido pelo sono, etc., etc. Você começa a ler em voz alta. Por via das dúvidas, é bom deixar um copo com água por perto, caso tiver que ler o livro até o fim.
Eis que irrompe o momento mágico. Iniciada a viagem com os personagens, teu filho embarca contigo, páginas e mais páginas... Nessa aventura, você tem mais de uma opção. Podes ler até o fim, ou deixar algumas histórias/capítulos para ler depois, como curiosidade adicional – como fazem as telenovelas. Mas quem disse que você deseja parar? E o menino quer conhecer o autor. As ilustrações, caricaturas, etc. contribuem nessa hora. Você então recorda a tua adolescência, já lia os livros dele – além do mais, ele já era tão importante a ponto de participar de tuas aulas de literatura... E, assim, o autor está pertinho da gente, mesmo sem nos darmos conta.
Para encurtar esta história, meu filho me fez perceber que há um mundo imaginário fantástico que se descortina com os livros, e participar desse mundo não é privilégio apenas da infância... Por isso, obrigado pelos teus livros, e pelas histórias que contas, Moacyr scliar. (O livro aqui citado intitula-se Um país chamado infância, e foi publicado em 1997, pela editora Ática).

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Turma do Teco


Sexta-feira 15 de agosto a Turma do Teco participará da Segunda Aldeia Sesc Ijuí com a Peça Teatral baseada no livro Segredos do Coração. O roteiro, direção e performace é da Professora e atriz Eloísa Borkenhagen. Os alunos envolvidos são da E.E.E.F. Pedro Maciel do Itaí.
Após o Espetáculo haverá um momento de interação, onde a platéia poderá fazer perguntas a respeito da trama teatral.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

TAMANCOS

Não desviemos o olhar

desses tamancos coloridos...

São pernas de pau

ansiosas

por escalar

o topo do céu...

Desejam subir, subir,

e conquistar o infinito...

Não fechemos os ouvidos

para o ecoar deste grito:

- Voltem, desçam, vooooltem!

Sem vocês, donas

de tamancos esquisitos,

jamais alcançaremos

o topo do amor!

terça-feira, 29 de julho de 2008

Teco na Imprensa


A TURMA DO TECO NAS ESCOLAS


No dia 07 de agosto a Turma do Teco apresentará uma peça teatral baseada no livro Teco, o peta sonhador, em: segredos do coração. A professora Eloísa e seus alunos, da Escola E.E.F. Pedro Maciel, do Itaí-RS. vão compartilhar, com alunos, professores e comunidade, da escola municipal Amazonas, de Ijuí-RS, suas alegrias, dramas, paixões, travessuras, segredos, etc. A comunidade escolar vai dialogar e refletir sobre os valores que vivenciamos na sociedade, tais como amizade, competição, solidariedade, individualismo, tolerância, entre outros.

quinta-feira, 24 de julho de 2008


Alguns Integrantes da

Mosaico Produções e Mosaico Editorial


Fernando Beier - Guerrinha
José Augusto Fiorin

Américo Piovesan

Lançamento do Livro: Teco Poeta Sonhador

Ao ficarmos diante do olhar do leitor e de seu contato com nosso livro, nos enchemos de expectativa. Já no processo da escrita, não conseguimos fugir da presença silenciosa dos leitores e dos nossos personagens.

No dia de lançamento, os encontros e os abraços dos amigos, das crianças e de leitores que não conhecíamos, torna-se inesquecível. Sabemos que eles estão do nosso lado porque tem cumplicidade com nosso projeto e com a literatura.

Teco, o poeta sonhador, em Segredos do coração, já vinha dialogando com crianças de escolas, antes de seu lançamento oficial, dia 19 de julho. No dia anterior, na feira do livro da E.E.E.F. Pedro Maciel, do Itai-RS, a emoção foi intensa ao assistirmos a adaptação do livro para o teatro, com roteiro e performance da professora e atriz Eloísa Borkenhagen, juntamente com seus alunos atores desta escola. Os personagens do livro aventuraram-se numa viagem repleta de criatividade, e subiram no palco, encantando crianças e adultos. Mostraram que a imaginação e a inventividade não tem limites, possibilitando outras tantas interpretações do texto.

A proximidade da obra literária (e poética) com o teatro mostra-nos que a arte como um todo não pode ser deixada de lado, principalmente nas escolas. Ela amplia nossa sensibilidade, fazendo-nos sonhar e buscar uma sociedade menos competitiva e egoísta, colocando em seu lugar valores como respeito, tolerância e solidariedade.


Teco na Imprensa


O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...