para evitar as náuseas
e a sedução do nada
corro me alimentar
de anotações que fiz e escondi
dentro dos livros.
Algumas delas me trazem à superfície
e drenam os pulmões com vida.
Fazem rir de mim
e até sentir uma certa saudade ao descobrir,
nas promessas que fiz em forma de frases,
o quanto me escondi atrás de um menino sonhador.
Hoje acordei com uma música do Raul
martelando na cabeça.
Batem, rebatem,
sempre os mesmos versos:
"Um psiquiatra disse para que eu me esforçasse
e tentasse voltar à vida...
E eu parei de tomar ácido licérgico
e fiquei quieto
lambendo as minhas próprias feridas".
Os bilhetes que rabisquei
e guardei entre as quatro paredes dos livros
são a droga e o remédio
que mandam pra outros lares
o tédio.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)
O PATIFE tá enrolando de novo
Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...
-
Quando os caras atravessam as fronteiras do sensato e embarcam no ridículo, navegam numa certa loucura. Mas nesse tipo de paraíso vis...
-
Irmãos, está aberta a temporada de fiascos, atiramos pra tudo quanto é lado, sem ligarmos pra possibilidade de cruzar nosso caminho uma b...