Relato das atividades literárias com a obra de Américo Piovesan -preparatórias para a
III Feira Cultural da E.E.E.F. Barão do Rio Branco (Catuípe/RS). A feira do
livro aconteceu nos dias 09 e 10 de outubro de 2014.
Anos Finais
8ª série
A
partir da leitura da obra “Os mistérios do Porão”, de Américo Piovesan, onde
conta a história do personagem Teco. Os sonhos tiram o sono do menino, ao
transportá-lo à alma da história de seus antepassados e de sua comunidade,
estimulando a imaginação dos educandos e a vontade de montar um porão com as
caixas da antiguidade.
Os alunos foram
desafiados a pesquisar com conhecidos sobre a vida no interior; foi realizada
uma roda de contação de histórias onde eles relataram as vivências de pais,
vizinhos e amigos e, então, surgiu a ideia de montar um porão.
Outras atividades
realizadas:
Produção textual: “Os
mistérios...”
Vida do autor (entrevista
dada pelo autor, no blog www.tecopoetasonhador.blogspot.com –Dramatização).
Leitura e interpretação
dos textos do blog: “Você tem fome de quê?”
Produção de frases e
cartazes referente ao tema “A importância da leitura no nosso cotidiano”.
Leitura do livro
“Canções do despertar”.
Poesias com temas
diversos.
“Godofredo”
–Introduzindo tema/assunto sobre redes sociais.
8º ano
Leitura de crônicas: “Você tem
fome de que?”; planejamento do projeto de leitura para o trimestre; enquete
“LEMOS POUCO POR QUÊ?” Na análise de dados, concluiu-se que os três motivos
mais citados foram falta de interesse
(33,9%) preguiça (23,2%) e internet
(21,4%). A seguir denominamos trabalhos literários do trimestre de “O PRAZER DA
LEITURA” e os alunos sugeriram atividades, tais como contação oral dos livros
lidos, cartazes, propagandas dos livros lidos, entre outros.
Na sequência,
estudamos as crônicas publicadas no blog do autor, no site www.ijui.com.
“Chega de Mosquear”, “Espinho de Cacto”, “Nâgetts ou Nugétes”, “Ela disse que
sou mala”, “Minha cidade”, “Encantando através da escrita”, “Aventuras e
Tragédias”, e os poemas “Divagar” e “Grilado”. O trabalho era em duplas. Eles
deveriam ler os textos selecionados (no data show) e a seguir fazer uma análise
para os colegas por escrito e oral, como se fosse uma resenha. O objetivo era
repertoriar os alunos, pois eles têm dificuldades de compreensão de texto e
vocabulário.
Fiz um
trabalho sobre intertextualidade com eles usando o poema “Divagar”, para
mostrar-lhes como poderia ser feito este trabalho com crônicas; fiz um texto e
apresentei aos alunos.
7º ano
Leitura de crônicas: “Aventuras
e Tragédias” – interpretação e produção de texto “A história de minha vida”
(Relato da história de vida com fotos);
Leitura dos livros: “Teco, o
poeta sonhador, em: Os segredos do coração” – produção de desenhos
(charges) sobre o futebol e o racismo (o fato que acontecia no momento no
noticiário).
“Teco, o poeta sonhador em: Canções do Despertar”: recitação dos
poemas, redação de uma carta ao escritor (corrigimos mas não enviamos,
problemas técnicos LIE.);
Projeto Telejornal:
Objetivo: desenvolver a expressão oral, o
raciocínio, o espírito de cooperação e socialização, a produção de textos
diversos: notícias (lançamento de livro, show), manchetes, debate,
propaganda, previsão do tempo, relato de experiências, entrevistas, entre
outros.
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Objetivos específicos:
1- Organizar informações sobre: a importância da leitura, obras, poesia,
crônicas do autor Américo Piovesan – blog www.tecopoetasonhador.blogspot.com,
notícias do bem;
* desenvolver a expressão oral, o raciocínio, o espírito de
colaboração e socialização;
* sintetizar ideias e fatos;
* transmitir ideias com pronúncia adequada e correta;
* utilizar as mídias e a tecnologia para gravar, elaborar textos,
vídeos;
* dramatizar os diversos papéis de um telejornal: apresentador, repórter,
entrevistado, pessoas de destaque, artistas, moça do tempo, etc...
Passos:
Organização dos grupos;
Pesquisa e estudo do tema;
Síntese das ideias, entrevistas com professores, escritor, colegas...
Elaboração das manchetes e matérias para o jornal;
Criação de um nome para o jornal.
OBS: Este teatro “jornalístico” foi apresentado na sexta-feira pela
manhã.
Anexos
A intertextualidade nos textos do escritor
Américo Piovesan
Para um observador atento das crônicas e poemas de Américo Piovesan
publicados no seu blog e no jornal online www.ijui.com, constata-se o uso da
estratégia do intertexto, isto é, o cruzamento de outros textos já publicados e
de conhecimento de leitores mais assíduos. Imagino a paciência do autor ao ser
entrevistado por jovens perguntando-lhe “o que o senhor quis dizer com tal
texto”. Realmente, a interpretação não parece ser uma habilidade forte nos
estudantes hoje. Desde a ilustração que
acompanha a crônica é estudada, pesquisada e sempre tem relação com o texto. E,
se o leitor não tiver muitos conhecimentos através de leituras de livros, de
boas músicas, de bons filmes, e de outras manifestações da arte, terá
dificuldade para compreender “o que o autor quis dizer...”
Na crônica “Chega de mosquear” Piovesan, através do seguinte fato
observado: um idoso sempre sentado na varanda de casa com um mata-moscas à mão,
o autor passa a refletir sobre a vida. Destaca-se neste aspecto a matéria-prima
de um cronista: o cotidiano, a leveza, a poesia no ponto de vista de quem sabe
ver poesia nos detalhes, nas coisas que passam despercebidas para a maioria das
criaturas.
Mosquear no dicionário significa não fazer nada, ficar de papo para o
ar e conforme é citado o Aurélio, consequentemente significa vagabundear. Daí em
diante o pensamento do escritor voa, remonta a Kafka e, de quebra, já ensina um
pouco seu leitor sobre o livro “A metamorfose” (qualquer coisa a mais leia o
livro ou vai no Google...) A respeito da vida, ele pensa sobre os propósitos
que cada um se propõe a fazer e acaba procrastinando, “amanhã eu faço...”.
Seguindo o raciocínio, o escritor reflete sobre a relação homem X inseto,
e questiona-se “até que ponto temos nos transformado em
insetos”, o que é explicado logo a seguir com o
questionamento de que a classe do ser humano “homo sapiens” é um
orgulho, no entanto, é paradoxal em relação ao que fazemos com o nosso planeta,
por exemplo. Que hoje não pensamos no amanhã: cuidar da água e do ar, na
natureza enfim. Isso sem falar no comportamento nada inteligente das pessoas no
trânsito, tema abordado em outro texto “Aventuras
e tragédias”.
Já no início do
texto, e na figura, o autor faz uma homenagem a Raul Seixas, precursor do rock
brasileiro e segue citando e interpretando versos da clássica “Mosca na sopa”.
A atribuição de simbolismos à mosca é especial. Esta aí um texto que ajuda os
alunos a entender o que é o sentido alegórico das palavras, sentido conotativo,
ou como didaticamente é denominado o “sentido figurado”. Como é difícil de se
fazer entender, fazer a abstração da palavra, não é minha gente? Por isso que é
importante ler, ler e também pensar no que está lendo. Não ficar na
“superfície” do texto.
E a intertextualidade
não para por aí: além de fazer a relação entre o velhinho do mata-moscas com o
personagem de Kafka, com a música de Raul Seixas, Piovesan também cita Mandela
e o fato do momento, o drama da bióloga gaúcha Ana Paula Maciel, terminando
magistralmente com Maquiavel com os conceitos de “Virtu” e “Fortuna”. Vai
aprender um pouco de filosofia, artes e música lendo as crônicas de Américo
Piovesan! E o autor termina seu texto genial fazendo autocrítica em comparação
a tudo o que já foi publicado neste mundo de meu Deus! Posso afirmar que os
textos do autor são bons que se abrem a muitos outros conhecimentos tecidos no
texto, cabendo a cada leitor se virar como pode. Não é fácil viver da palavra
neste mundo do dinheiro e da fama instantânea, muito menos da cultura,
infelizmente.
Profª Elisete Maria
Cargnelutti Dalsochio, 9 de setembro de 2014, 17:17h
TAREFA: Tendo como base um texto
de Américo Piovesan, faça uma resenha literária para treinar a habilidade da
escrita, da análise e interpretação de texto.
- Digitar
o texto.
- Escrever
em duplas ou individualmente.
- Salvar
no computador.
- Após,
enviar para e-mail coletivo.
Texto publicado nos jornais da cidade
de Catuípe
Dê uma chance ao livro
Em
uma enquete realizada entre os meus alunos, constatou-se pouca leitura de
livros, atividade que deveria ser levada mais a sério pelos estudantes, na
escola, com seguimento em casa. O melhor professor de Português é um bom livro,
pelos tantos benefícios que a leitura habitual traz ao leitor e ao aluno. A
leitura segundo Américo Piovesan, escritor que participou da III Feira Cultural
na E.E.E.F. Barão do Rio Branco, (em 9 e 10 de outubro) “não nega a realidade que nos cerca, mas a enriquece, traz outras possibilidades
para o olhar. Nosso ganho é insubstituível: amplia nossa imaginação,
criatividade, nossas possibilidades de compreender e mudar a realidade, de
encontrarmos saídas nas horas difíceis.” “...As crianças de hoje serão os pais
de amanhã, então, tendo eles passado pela experiência da leitura, influenciarão
as futuras gerações, e isso vai ser fundamental para termos uma sociedade mais
instruída e eticamente melhor.”
Ocorre que a maioria dos adolescentes não se interessa pela leitura. A
preguiça, a facilidade de conexão tecnológica, entre outros motivos, tomam
muito tempo do jovem. É um prejuízo causado à aprendizagem, e que leva um bom
tempo para ser revertido. Poucos tiram mais do que meia hora do tempo
disponível para a leitura e ainda consideram um “grande sacrifício.” Esta
impaciência para o ato de ler que exige o pensar, a concentração, faz com que
os alunos tenham dificuldades nos estudos em geral. Há pouca persistência para
ler um texto, sintetizá-lo, entender o enunciado de um problema matemático para
resolvê-lo com precisão, por exemplo. Dessa forma em todas as disciplinas
haverá prejuízos.
Ler demanda esforço mental, algo que não é necessário para navegar pelas
redes sociais, jogar bola, jogos eletrônicos ou ficar “mosqueando” por aí. Essa
é a verdade: a grande maioria não lê (às vezes nem na escola!) por incapacidade
de autoconcentrar-se em aula. Há muita dispersão, conversinhas que
impossibilitam a percepção do conteúdo; então passa a ser quase impossível
encaminhar os alunos a uma dedução mais complexa ou abstrata de um conteúdo, de
um texto.
A realidade é essa e traz muitas inquietações. Pensa-se na metodologia.
Certamente como a maneira de apresentar os conhecimentos influi para um maior
envolvimento, motivação do aluno. Essa é uma preocupação constante nossa como
professores. E podem ter certeza que buscamos diversificar nossas aulas,
estamos sempre em busca de algo atrativo, desafiador, encantador para os
adolescentes “quererem” aprender.
Voltando à questão da leitura, penso que deveria ser mais cobrada em
casa. Vale a pena dedicar um tempo para conversar com o filho/neto sobre o
livro que tem em mãos, se o está lendo ou está guardado inerte entre o material
escolar. Pais e responsáveis, leiam um trecho do livro junto de seu filho/neto,
estimulando-o a ler. Se o livro for bom, interessante, este vai conquistar o
leitor que não o largará tão cedo. A Escola Barão e seus professores
desenvolvem vários projetos de leitura, fizemos a nossa parte, pois sabemos da
relevância da leitura diária para as crianças e adolescentes, de dar uma
“chance ao livro”, como bem explica o escritor Américo Piovesan, quando diz que
atualmente há “uma certa crise de reflexão e, junto, uma crise de valores
ético-morais. E isso, certamente, tem a ver com a falta de leitura, porque a
literatura faz-nos vivenciar e alcançar esses valores universais,
imprescindíveis para o convívio social. A literatura também ajuda a fazer um
contraponto ao mundo virtual de hoje.”
Elisete Maria Cargnelutti Dalsochio, professora
Anos
iniciais
A partir do livro “Teco,
o poeta sonhador, em: segredos do coração”, os professores dos Anos Iniciais
trabalharam a história na época da Copa do Mundo. Os alunos leram, recitaram e
ilustraram poesias. Após fizeram dobraduras das camisetas de seus times do
coração. Foi montado um painel para a exposição na Feira Cultural da Escola.
Inspirado nesta história foi realizada uma tarde de atividades de integração
com brincadeiras e desfile das turmas, que vieram com as camisetas dos seus
times do coração.
Relato do trabalho da professora e alunos do 5º ano
A professora fez contação da história "Os mistérios do Porão", em forma de slides.Os alunos iam lendo para os demais e comentavam sobre os objetos antigos que conheciam ou que seus familiares tinham nos seus "porões". A partir das ideias dos alunos surgiu a inspiração de montar um porão com esses objetos, aproveitando o local abaixo da escada, imitando um porão . As crianças começaram a "garimpar" os objetos para compor o porão e assim iam ouvindo várias histórias de avós, pais, vizinhos, tios... Com os objetos em mãos montamos o porão tentando deixá-lo o mais real possível, para isso nos inspiramos na riqueza de detalhes que o livro descreve, que de tão real é impossível não imaginá-lo, sem contar que os alunos sentiram-se protagonistas da história.