quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pra que cara feia?



Computador pifou... TV silenciou...
Pedem laudos, documentos. 
A vida anda
muito burocrática. 
Leio Leminski, e me consolo:

"Pra que cara feia?
Na vida
ninguém paga meia."

domingo, 22 de fevereiro de 2015

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Criação



No princípio 
era o raio 
e o trovão
hoje 
é descarga 
elétrica.
Deus 
cansou 
de criar 
o mundo
e contratou 
os poetas.

(Do livro: Canções pra não dormir! Ilustração de Guilherme Barrozo) 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Reforço na torcida do São Luiz



Eis o Teco, um FANÁTICO torcedor, com ilustração da professora Andreia Czyzewski. Ele aproveita este espaço pra chamar todo mundo a participar da campanha deste ano, rumo à Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho:


"São Luiz, São Luiz, São Luiz
Você me espera que eu vou aí
São Luiz, São Luiz, São Luiz
Tua torcida está aqui!"

“Galera, venham todos à baixada
participar dessa aventura!
Vamos empurrar o nosso RUBRO

rumo à PRIMEIRONA!”




domingo, 15 de fevereiro de 2015

Você lembra como escolheu o time do teu coração?

Igual a outros meninos,
de toda e qualquer idade,
eu gosto bar-ba-ri-da-de
de um jogo de futebol.
É que a turma da escola
come, bebe e arrota bola
faça chuva ou faça sol!
Ando chateado:
alguns querem 
que eu seja gremista
outros, que seja colorado...
Papai e mamãe me querem seu
o dia inteiro.
De manhã sou Saci
de tarde sou Mosqueteiro...
Os parentes oferecem
camisas dos times como prêmio,
pra que eu torça pro Inter,
ou pra que torça pro Grêmio.

Um dos tios é colorado...

(Do livro: Teco, o poeta sonhador, em: segredos do coração. Ilustrações de Vilson Wagner)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O porão de minha infância


Vocês lembram da casa de infância, e do porão que havia por lá?
Com oito anos eu já não tinha medo de ficar sozinho no porão. Estava acostumado com aquele lugar. Muitas vezes utilizava a escada, que ficava na despensa da cozinha, para chegar lá. Buscava qualquer coisa que meu pai ou minha mãe pediam.
Nele estavam as pipas com o vinho, a vara de taquara pendurada no teto, com salame, alho e cebola. Também as tulhas, onde eram armazenados os cereais, como o feijão, a pipoca e o amendoim. Havia a lata cheia de banha, e outras latas, com doces e geleias. Ah, também o saco com pinhões, que no inverno minha mãe assava na chapa do fogão.
No verão, o porão da casa era fresquinho, e ali descansavam os melões e as melancias, à espera dos serões, de noite, quando eram “devorados”.
E era nesse lugar que meu pai recebia as visitas para provarem o vinho...  Era ali, também, que eu me refugiava, quando as tias, ou as madrinhas, me intimidavam com seus comentários, do tipo “ai, que gracinha!”,  “já tem namorada?”


(do livro Os mistérios do porão)

Viagem ao fim da noite

O cachorro passa mancando... não me percebe. Compreendo: a vida é busca, é movimento. Quem prova isso é o motoboy e sua descarga barul...