sábado, 20 de agosto de 2016

O complexo de Portnoy - Philip Roth


Leitura divertidíssima.
Recomendo pra quem começou a cansar de se expor, a si e a suas crianças, nas redes sociais. Rsrs. Brincadeira. VIVA cada um de nós e seus complexos!



A narrativa de Alexander Portnoy, jovem advogado nova-iorquino, é uma longa confissão no divã do psicanalista. Como desde o início fica bem claro, Portnoy é dotado não apenas de uma inteligência privilegiada como também de uma capacidade ilimitada de encarar a si mesmo com realismo e ironia. Contudo, o narrador-protagonista é totalmente incapaz de se livrar da ligação paralisante com a mãe, identificada logo de saída como "o personagem mais inesquecível que conheci na minha vida". Portnoy discorre alternadamente sobre o passado - a infância de filhinho da mamãe, a adolescência dedicada acima de tudo à prática da masturbação e a tentativas frustradas de perder a virgindade - e sua vida atual - o relacionamento conflituoso com a amante bela porém semi-analfabeta, a separação e uma viagem a Israel que termina com a descoberta de que ele está impotente.
Quando lançada em 1969, a história de Portnoy, narrada com uma verve extraordinária num tom que oscila entre o hilariante e o patético, foi um grande sucesso de vendas e de crítica: o livro alcançou o primeiro lugar nas principais listas de best-sellers dos Estados Unidos, e um crítico da revistaTime comparou-o às obras de Henry Miller. Mais de três décadas depois, o lugar de O complexo de Portnoy está mais do que garantido, na obra de Philip Roth - hoje considerado um dos principais ficcionistas vivos do idioma - e na literatura norte-americana.


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Psiu


Tuas palavras e tua voz mais parecem sinfonias de Beethoven. Roçam como plumas meus ouvidos e despertam o coração.

(Diário de B. B. Palermo)

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Caça ao amor


Em vez de pokemons, 
quero caçar o amor.
Pokémon é virtual
e o amor é imortal.

Meu amor diz que me quer
quando está do lado de lá.
Não do céu, inferno 
ou seja lá o que for.
Meu amor gosta de mim 
atrás da tela do computador.

Ela me quer alegre e mudo 
e morre de saudade quando estou 
do outro lado do mundo.

Disse que se ficar todo dia comigo 
a rotina sufoca o amor 
e tudo fica banal.

Depois do que disse 
minha vingança foi cruel e obscena. 
Olho no olho, joguei na cara dela: 
não sou sua alma gêmea!

(Tiradas do Teco, o poeta sonhador)
Imagem do site https://incrivel.club/admiracao-fotografia/20-fotos-que-falam-com-a-alma-63455/.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Hoje não tem poesia


Se não estou triste, não consigo fazer poesia.
Amarrado ao momento, não tenho angústia ou medo da vida e da morte.
O que me espanta é o preço da cebola, tomate, batata, gás e gasolina. 
Hoje a calculadora comanda meu coração.
Não sofro pelos outros, nem por amores perdidos.
O dia não entra em pânico quando vejo as tragédias previstas da TV.
Vivo o dia de amanhã, acostumado com o dia de ontem, resignado com as misérias do meu país.
Não sei se é melhor viver ou morrer.
Rezar ou ser ateu.
Ser religioso ou ator.
Seguir a corrente ou andar na contramão.
Fugir de tudo o que é natural ou fugir do urbano e andar de pé no chão.
Deixei de ser poeta, porque ser poeta é andar fora da moda.
Mas confesso que persigo alguma tristeza, alguma emoção. Pra vida ter mais sabor.



O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...