sábado, 20 de dezembro de 2014

Baixa o som, bucéfalo!



Quanto a esses sujeitos que circulam pelas cidades, com o volume do som do carro a mil, Mario Quintana cita o velho filósofo Schopenhauer: "A soma de barulho que uma pessoa pode suportar está na razão inversa de sua capacidade mental".

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Pessoas-fantasmas



Segundo Mario Quintana, hoje em dia é difícil encontrarmos "as pessoas presentes", por causa da TV, rádio, celular e internet. Vivemos, sempre e sempre, "em comunicação com uns distantes fantasmas". O problema agora "não são os fantasmas do outro mundo, mas sim os fantasmas deste mundo!" (M. Q. Caderno H).

domingo, 14 de dezembro de 2014

No tempo das cavernas




No tempo das cavernas uivos e guinchos davam conta das palavras. Cavalo da chuva ninguém tirava. Não havia freezers bichos embalsamados e açougues. Era dos sentidos, nada era embutido. Todos reinavam e não havia cativeiros. Nem sempre o grande comia o pequeno. Quem podia mais fugia menos. Não havia correntes e prisões-canis de alguns metros quadrados. Hoje a anatomia do açougue esquarteja o sonho do boi. Congelamos sentimentos e somos escravos do tempo. Me espanta o ritmo do caranguejo. Meu ritmo mais ousado é andar para os lados. Nunca vi bicho psicopata. Bicho não mata por prazer. Bicho não se alegra ao ver outro bicho sofrer.



(TIRADAS do Teco, o poeta sonhador)


domingo, 7 de dezembro de 2014

Caprichos & relaxos - Paulo Leminski


a árvore é um poema
não está ali
para que valha a pena

está lá
ao vento porque trema
ao sol porque crema
à lua porque diadema

está apenas

O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...