sábado, 30 de abril de 2011

Mês do livro - Instituto Federal Farroupilha





Mês do livro recheado de atividades



 
O Mês de abril é considerado o mês do livro porque neste mês no dia 02 é comemorado o dia Internacional do Livro Infantil, em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, no dia 18 é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, em homenagem ao escritor Monteiro Lobato, e no dia 23 é comemorado o Dia Mundial do Livro, data criada em 1926 na Espanha em homenagem ao dramaturgo inglês William Shakespeare e o romancista espanhol Miguel de Cervantes.
Em função de todas essa datas alusivas ao Livro, o Instituto Federal Farroupilha - Campus Santo Augusto, por iniciativa da Bibliotecária Daniela Paulo D'acampora, está promovendo algumas atividades. Dentre elas, está o Projeto chamado a "Leitura do Outro", o qual consiste numa estante instalada no corredor em frente a Biblioteca onde alunos e servidores podem depositar revistas, livros e gibis para serem lidos por outras pessoas, sendo que a pessoa que depositar alguma publicação poderá levar outra para casa.
Os alunos também estão sendo convidados a fazerem uma atividade diferente, que consiste na montagem de um livro da história dos que passaram pelo Campus em 2011. A garotada poderá contribuir com poemas, contos, histórias, relatos, desenhos, fotos, enfim o que quiserem. O material será reunido e transformado em um livro. A idéia é de que todos os anos no mês de abril, se a idéia for bem aceita, seja lançada uma nova edição.
O resultado ficará no acervo da Biblioteca, para que daqui a alguns anos, os alunos retornem e relembrem dos acontecimentos, ou quando os filhos destes alunos vierem estudar na escola, vejam o que seus pais deixaram registrado. Todos estão convidados a deixar suas marca, com a manifestação que lhe for conveniente.
Culminando as atividades do mês, nesta sexta-feira, dia 29, está sendo realizada uma programação especial alusiva ao Dia do Livro. Trata-se de sessões de contação de histórias, com o professor Américo Piovesan. Ao longo de todo o dia, os alunos de todos os cursos, divididos em grupos, poderão participar das sessões de 30 minutos cada, realizadas no auditório.
Segunda a bibliotecária Daniela, tanto os livros para o troca-troca quanto as páginas para montar o livro podem ser entregues na biblioteca em qualquer turno. Também todos os servidores do campus estão convidados a participar das Sessões de contação de histórias a serem realizadas até às 21h de hoje.


Carla Maron
Jornalista do IF Farroupilha - Campus Santo Augusto/R.S



A aventura do cotidiano - Fernando Sabino




Todo dia ele ia para o botequim encher a cara e, quando chegava em casa, por qualquer coisinha descompunha a mulher, baixava o braço nos filhos mais velhos. Até que um dia avançou também para o menorzinho, mas a mulher o conteve, interpondo-se com decisão:
- Neste você não bate, que esse não é seu.

Do livro A falta que ela me faz. Rio de janeiro, Record, 1980.

domingo, 24 de abril de 2011

ANALOGIA






Estou comprimido
entre o bem e o mar
loucura e ilusão do sol.
Alegria e beleza
criação e tristeza.
Estou descuidado
como senhor e escravo
passaporte e juízo final.
Iludido como águia
que pousou no meu quintal
aturdido, como vôo inaugural.
Estou esquecido
como bom profissional
nos trilhos, como trem
             ao "Deus dará".
Estou endividado
como santo aposentado
ressabiado, como quem acorda
e não é manhã de sábado
como quem passeia e lava o cão
num domingo ensolarado.
Estou indignado
como futuro com alzeimer
como passado esquizofrênico
como fanático abstêmio.
Estou encurralado
como quem ficou sozinho
e percebeu, neste triste dia,
    que não passa de analogia
                                      analogia
                                           analogia...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A barata e o rato - Millôr Fernandes



Era uma dessas baratinhas brancas e nojentas, acostumadas só a imundície e ao monturo, comendo calmamente sua refeição composta de um pedaço de batata podre e um pedaço de tomate podre (1). Chegou junto dela um Rato transmissor de peste bubônica e lhe disse: "Comadre, ontem tive uma aventura extraordinária. Estive num lugar realmente impressionante, como você, comadre, certo jamais encontrará em toda sua vida." Barata comendo. "O lugar era uma coisa que realmente me deixou de boca aberta", - prosseguiu o Rato - "tão espantoso tão diferente é de tudo que tenho visto em minha vida roedora" (2). Barata comendo. "Imagina você" - prosseguiu o Rato - "que descobri o lugar por acaso. Vou indo numa das cavidades subterrâneas por onde passeio sempre, entrando aqui e ali numa casa e noutra, quando, de repente, percebo uma galeria que não conheço. Meto-me nela, um pouco amedrontado por não saber onde vai dar e de repente saio numa cozinha inacreditável. O chão, limpo, que nem espelho! Os espelhos, de um brilho de cegar! As panelas, polidas como você não pode imaginar! O fogão, que nem um brinco! As paredes sem uma mancha. O teto claro e branco como se tivesse sido acabado de pintar! Os armários, tão arrumados e cuidados que estavam até perfumados! Poeira em nenhuma parte, umidade inexistente, no chão, nem um palito de fósforo...


E foi aí que a Barata não se conteve. Levou a mão à boca num espasmo e protestou: "Que mania! Que horror! Sempre vem contar essas histórias exatamente no momento em que a gente está comendo!"



Moral: Para o vírus a penicilina é uma doença.
Submoral: A ecologia é muito relativa.


(1) Causando inveja a muita gente.
(2) O rato rói. É a sua sina.



domingo, 17 de abril de 2011

COTIDIANO



Concentrados no cotidiano
os homens avançam.

Amanhã
o mundo vai acabar.

Muito pode ser feito:
trabalhar, comer, dormir, acordar...
Como fazem os pássaros:
arrumar o ninho, por ovos, chocar...

A vida parece ordenar:
Depressa, depressa, vamos
transformar o entardecer!

Observo a rotina
protegido pela janela
e sua cortina.

Choca-me o incondicional:
sou racional,
mas não tenho asas para voar!

O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...