quarta-feira, 18 de março de 2009

SACO DE BRINQUEDOS



Poema de Carlos Urbim, do livro "saco de brinquedos".

TODO MUNDO SONHA
COM UM SACO CHEIO
PRA BRINCAR NO RECREIO

SE O SONHO ACONTECE
ACORDA A LEMBRANÇA
DE CADA CRIANÇA

- SE O MEU É PEQUENO
O TEU É MAIOR!

CADA UM PÕE NO SACO
O QUE ACHA MELHOR

terça-feira, 17 de março de 2009

QUERO OUVIR HISTÓRIAS



Quero ouvir histórias
que me carreguem
como um barquinho
pela praia, pela orla,
e até na memória...

Que me sigam
por muitos dias
como tatuagem
na perna ou na barriga
- pouco importa se forem
de mentirinha...

Quero ouvir histórias e histórias
e não quero me distrair...

Que sejam cristalinas
como o fio d água
que desemboca na fonte
onde, tantas vezes
criança, me reconheci!

domingo, 15 de março de 2009

SOLDADOS




Os brinquedos espalhados
em cima do balcão,
ao lado de minha cama,
mamãe diz que tem
a minha cara!

Não sei se era brincadeira ou não,
mas foi só ela dizer aquilo
pra eu arrumar um espelho
do tamanho de um kinder ovo...
E quando estou no quarto
olho vagarosamente pra ele
pra saber que cara tem
os meus brinquedos!

Com o passar do tempo
de tanto me olhar no espelho
quis buscar outros amigos.
Os espalhados guardei com cuidado
dentro de suas caixas na estante,
como soldados de um exército
bem comportado.

- Aposentei velhos soldados – pensei.

De hoje em diante
quero amigos,
não quero empregados!


Mamãe ficou chocada
quando percebeu
legiões de soldados
agonizantes
abandonados
na estante!

sábado, 14 de março de 2009

OUTDOORS



Os perfumes das flores
lembram Ana Júlia
Ana Cristina e
Ana Carolina...

Bobo que sou
invento viagens
e me refugio
em velhas paisagens.

Vou morar na academia
pra me conciliar com tuas manias.

Mosquitos
e vendedores
ambulantes
me perseguem
nas ruas e bares
restou camuflar-me
nas lojas populares.

Amigos do MSN
derramam mensagens
e deixam maluca
a geografia
da minha imagem.

Painéis de publicidade
prometem felicidade
e melodias sempre
sempre repetidas
me fazem lembrar
que cheguei no começo
da subida!

quinta-feira, 12 de março de 2009

CONTADOR DE HISTÓRIAS



Um contador
de histórias
descobriu
já era tarde
que antes sabia
fatias da metade

ele apenas
sabia em tese
e não via
que há
um momento
in-certo
pra enxergar

descobriu
seu corpo
e alma
olhares
e gestos
e a platéia
que sempre
parecia
desfechos
in-versos!

O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...