Era uma vez um menino
chamado Chico Eduardo,
que perdeu o seu barquinho
feito de papel dobrado.
Seu barquinho de jornal,
tal e qual.
E era uma lavadeira,
meio doida e engraçada,
que foi lavar sua roupa
num lugar, assim, sem água.
Um lugar de varal branco,
tudo branco ao seu redor.
Não tinha azul de rio?
Que horror!
- Tudo branco, branco, branco,
assim eu não lavo nada!
Preciso de azul de água,
cadê a cor azulada? –
disse a doida lavadeira,
nervosa e apressada.
- Vou inventar o meu rio
do azul de um longo trapo,
vai ser rio de brinquedo,
lindo rio de farrapo!
De dentro da sua trouxa
puxou um rio de pano.
o rio saiu pulando
em busca do oceano.
O barquinho do menino
viu o rio inventado,
saiu, fugindo-se embora,
sem demora!
(...)
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
PESCARIA
Poema Pescaria
José Paulo Paes
Do livro Palavra de poeta.
Um homem
que se preocupava demais
com coisas sem importância
acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas.
Um amigo lhe deu então a idéia
de usar as minhocas
numa pescaria
para se distrair das preocupações.
O homem se distraiu tanto
pescando
que sua cabeça ficou leve
como um balão
e foi subindo pelo ar
até sumir nas nuvens.
Onde será que foi parar?
Não sei
nem quero me preocupar com isso.
Vou mais é pescar.
MINHOCA NA CABEÇA
Ficar com minhoca na cabeça é ficar desconfiado, é suspeitar que alguma coisa ruim vai acontecer, é ficar inseguro achando que alguém está contra a gente. Pode ser também ficar imaginando coisas, fazendo fantasias de qualquer tipo. Juliana sorriu para Rodrigo. Agora ele anda cheio de minhoca na cabeça. Outro exemplo: o professor disse que ia castigar o Beto. Agora ele vive preocupado, cheio de minhoca na cabeça.
- Seu doutor, estou grilado,
meu pé está formigando.
É algo grave ou estou procurando
sarna pra me coçar?
- Já lhe digo o que é:
tire as minhocas da cabeça,
é só um bicho de pé.
Ricardo Azevedo, do livro Bazar do folclore.
Poema Minhocas na cabeça, de Marcelo R. L. Oliveira. Do livro Nós e os bichos.
Poema Minhocas na cabeça, de Marcelo R. L. Oliveira. Do livro Nós e os bichos.
- Seu doutor, estou grilado,
meu pé está formigando.
É algo grave ou estou procurando
sarna pra me coçar?
- Já lhe digo o que é:
tire as minhocas da cabeça,
é só um bicho de pé.
DESFILE
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
CACHORRADAS
POEMA DE José Paulo Paes, do livro "É isso ali"
CACHORRADAS
- Você sabe por que o cachorro entra na Igreja?
- Ora, essa quem não acerta?
Porque a porta estava aberta!
- E você sabe por que ele sai?
- Porque a porta estava aberta.
- Não, errou: porque ele entrou!
- E quando é que o cachorro não pode entrar?
- Quando a porta está fechada.
- Que nada! Quando já está lá dentro.
- E para terminar: sabe por que o cachorro
ergue a perninha e a encosta no poste
quando está necessitado?
- É porque uma vez o poste caiu em cima do coitado!
CACHORRADAS
- Você sabe por que o cachorro entra na Igreja?
- Ora, essa quem não acerta?
Porque a porta estava aberta!
- E você sabe por que ele sai?
- Porque a porta estava aberta.
- Não, errou: porque ele entrou!
- E quando é que o cachorro não pode entrar?
- Quando a porta está fechada.
- Que nada! Quando já está lá dentro.
- E para terminar: sabe por que o cachorro
ergue a perninha e a encosta no poste
quando está necessitado?
- É porque uma vez o poste caiu em cima do coitado!
Assinar:
Postagens (Atom)
O PATIFE tá enrolando de novo
Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...
-
Quando os caras atravessam as fronteiras do sensato e embarcam no ridículo, navegam numa certa loucura. Mas nesse tipo de paraíso vis...
-
Irmãos, está aberta a temporada de fiascos, atiramos pra tudo quanto é lado, sem ligarmos pra possibilidade de cruzar nosso caminho uma b...