sábado, 29 de outubro de 2011

Janela sobre o mundo


A parteira tem a cara de um bebê chorão.
Há um teclado nos dedos do escritor.
Brilham algemas nos olhos do policial.
Há cifrões nos olhos daquele avaro.
Saltam pratos da boca do esganado.
O caçador tem no olhar o medo de sua caça.
O torturado rouba o sono do torturador.
O cão passeia com a elegância do seu dono.
Os amantes têm um só e mesmo relógio.
Papudo rouba a palavra de todo mundo.
Papudo fala com barulho e agora é carroça vazia.

O poeta entra no espelho e se despede.

O PATIFE tá enrolando de novo

Quando fui acertar a conta no bar, pendurada nos últimos dias, o bolicheiro não encontrou, no caderno, o meu nome. Ao repassar a longa l...